Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

78% dos celulares contam com FM integrado, aponta levantamento

Por Equipe AERP. Publicado em 07/04/2016 às 00:00. Atualizado em 07/07/2018 às 18:05.

Rádio no celular - menorUma das iniciativas da ABERT é incentivar a população a optar por celulares com recepção de rádio FM e TV na hora da compra

A ABERT realizou uma pesquisa que levantou dados importantes para o meio Rádio. Segundo o levantamento, dos 227 aparelhos celulares à venda no mercado brasileiro, 177 (78%) já vêm com chip de rádio FM integrado. Quanto aos aparelhos com acesso à programação de TV, este número é bem mais baixo: apenas 22 (10%) do total de celulares pesquisados possuem recepção do sinal televisivo.

Os dados estão na pesquisa realizada pela ABERT. Uma das iniciativas da Associação é incentivar a população a optar por celulares com recepção de rádio FM e TV na hora da compra. O estudo revelou ainda que é possível encontrar aparelhos com acesso à televisão e rádio por preços acessíveis. 92% dos celulares na faixa de R$300 a R$700 têm rádio FM integrado. Na mesma faixa de preço, 22% dos celulares possuem recepção do sinal de TV.

A pesquisa mostra que os fabricantes têm diminuído a produção de aparelhos com recepção de sinal FM. No final de 2014, um estudo revelou que 89% dos aparelhos vinham com chip FM de rádio. Para a ABERT, a diminuição de 11% não corresponde à redução do consumo de rádio por meio do celular, mas, sim, que os ouvintes utilizam cada vez mais os aplicativos para escutar sua programação favorita.

O diretor geral da ABERT, Luis Roberto Antonik, acredita que o ambiente virtual está prevalecendo. “No longo prazo, a rádio deveria dedicar grande parte de sua estratégia comercial para a internet. Isso porque as pesquisas têm mostrado, ainda que de forma incipiente, que todo hardwear (equipamento) tem migrado para uma plataforma virtual”, disse.

Para a professora Nelia Del Bianco, da Universidade de Brasília (UnB), a conectividade do rádio por meio das mídias digitais é um caminho sem volta. “As pessoas querem interação, querem conversar com outras ou ouvir músicas de sua playlist. É uma tendência muito forte de personalização que o rádio precisa entender para se adaptar ao mercado”, disse.

“O modelo de negócios do rádio terá que se adequar a essa nova dinâmica, que me parece irreversível, porque as grandes empresas transnacionais de celulares têm foco em seus negócios que vai além da venda de aparelhos”, concluiu a professora.

FONTE: ABERT