Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

ABERT tem nova diretoria

Por Equipe AERP. Publicado em 06/09/2016 às 00:00. Atualizado em 07/07/2018 às 18:15.

A vice-presidente é uma representante do rádio, em uma demonstração do papel de destaque

e da capacidade de liderança da mulher na radiodifusão brasileira.

No final de agosto, foi empossada a nova diretoria da Abert, para o biênio 2016-2018, cujo presidente é Paulo Tonet de Camargo, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo. A radiodifusora Marise Westphal Hartke foi eleita para a vice-presidência da Abert, instituição que representa 3,6 mil emissoras privadas de rádio e televisão.

Com um currículo experiente, a enfermeira formada, que trabalhou como professora, iniciou na radiodifusão em 1987, quando assumiu a direção da Rádio Cidade AM, de Brusque – SC, da qual era sócia. “A concessão da Rádio Cidade AM foi obtida por meu falecido marido, Roberto Hartke Filho, e amigos, em 1982. Roberto, que era juiz de Direito, colocou suas cotas na sociedade em meu nome. A emissora passava por problemas de gestão e foi necessário que um dos sócios assumisse a direção. E coube a mim essa missão”, recorda Marise.

Em 1995, a Rádio Cidade AM acabou sendo vendida, porém, em 1990, a atual vice-presidente da Abert montou a Rádio Diplomata de Brusque FM, empresa que dirige até hoje. “Venho atuando na Acaert – Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e TV -, desde 1994, ocupando cargos de vice-presidente administrativo-financeiro e presidente”, conta a primeira – e até agora única -, mulher a ocupar a presidência da Acaert, deixando rastros de crescimento e inovação na instituição. Marise ainda foi presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e TV de Santa Catarina (2013-2015), é vice-presidente adjunta de finanças da Fenart – Federação Nacional de Rádio e TV, além de conselheira reeleita do Conselho Superior da Abert – Câmara de Rádio.

Agora, assumindo a vice-presidência da Abert, Marise tem como objetivo representar os radiodifusores brasileiros. Segundo ela, a missão é lutar pelos anseios do segmento, contribuindo no zelo e aperfeiçoamento da legislação do setor e buscar, cada vez mais, uma radiodifusão cidadã em prol do desenvolvimento e crescimento do País. Entre as pautas estão a continuidade do trabalho junto ao Congresso Nacional na aprovação da flexibilização da Voz do Brasil, finalizar o processo de migração do rádio AM para o FM e manter sua vigilância no cumprimento da legislação do setor.

Com a posse de Marise Westphal Hartke, outro tema que fica em evidência é o papel da mulher na sociedade brasileira. De acordo com ela, são grandes ainda os desafios a respeito do reconhecimento da capacidade de liderança feminina: “Exemplo disso é o número de mulheres que compõem os quadros diretivos de Entidades de Radiodifusão Estaduais. São minoria. No exercício de radialista, do jornalismo e do telejornalismo, as mulheres têm conseguido quase uma igualdade de posição e isso tem como resultado pautas femininas que valorizam e fortificam o papel da mulher e sua importância na sociedade”, frisa.