Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Doze rádios AM da região Sudoeste devem migrar para FM no ano que vem

Por Equipe AERP. Publicado em 08/12/2016 às 00:00.

Outras dez rádios da região migrarão apenas em 2018, mas na faixa estendida

Quando você liga o rádio do seu carro, o dial mostra uma frequência em FM, que vai do 87,7mhz até o 107,9mhz. Em Francisco Beltrão, por exemplo, a Continental está nos 95,3mhz, a Onda Sul nos 98,7mhz, a Super Jovem nos 103,3mhz e a Comunitária Anawin nos 106,3mhz. Muito bem! Com a migração das rádios AM para FM, processo que já começou neste ano e vai terminar em 2018, haverá uma faixa estendida no seu rádio, que vai do 76,1mhz até o 87,5mhz. As rádios Princesa AM e Educadora AM, também de Francisco Beltrão, vão utilizar alguma frequência na faixa estendida, mas o número ainda não foi definido.
Para que seja efetivado esse novo espaço no dial do seu veículo ou celular, é preciso primeiro limpar os canais 5 e 6 de televisão. Como as emissoras de tevê estão migrando para o digital, há um espaço no espectro de radiofrequências que será utilizado por essas rádios AM. No dia 18 de novembro, por exemplo, esses canais de televisão foram liberados em Brasília (DF). Mas aqui no Paraná isso só vai acontecer em 2018.
Entretanto, algumas rádios AM podem optar por migrar para FM na faixa atual (88mhz ao 108mhz), desde que aceitem baixar a potência. E é isso que vai acontecer com 12 rádios aqui da região Sudoeste que devem migrar já em 2017. Inclusive, elas já têm até frequência definida: Capanema FM (97,7mhz), Chopinzinho FM (95,9mhz), Difusora América FM (102,9mhz), Progresso FM (96,9mhz), Panorama FM (107,9mhz), Mangueirinha FM (95,1mhz), Cristal FM (95,1mhz), Club de Palmas FM (99,1mhz), Independência FM (91,9mhz), São João FM (frequência indefinida), Difusora FM (100,9) e Vale do Iguaçu FM (103,7).
Outras dez rádios do Sudoeste devem migrar para FM somente em 2018, já na faixa estendida (76mhz a 87mhz): Rádio Ampere, Voz do Sudoeste (Coronel Vivida), Princesa (Francisco Beltrão), Educadora (Francisco Beltrão), Celinauta (Pato Branco), Cidade (Pato Branco), Itapuã (Pato Branco), Clube de Realeza, Danúbio Azul (Santa Izabel do Oeste) e Entre Rios (Santo Antônio do Sudoeste). Mas, em compensação, essas rádios terão potência maior, com alcance regional. A Rádio Voz, por exemplo, vai ter um alcance de 50 kilowatts.
“Quem não quiser mudar, não é obrigado. As grandes rádios, como Gaúcha e Guaíba, já têm programação em AM e FM. Eu pensei seriamente em não migrar, pois já tenho uma FM, a Máxima. Mas o que me chamou mais a atenção é a questão da inserção tecnológica. Você jamais vai receber o sinal de AM no celular se não for por um aplicativo. Mas sintonizar é só FM, e celular hoje qualquer um tem”, avalia Roberto Lang, engenheiro de telecomunicações, proprietário da Rádio Voz do Sudoeste, de Coronel Vivida, e diretor técnico da Associação das Emissoras de Rádio do Paraná (Aerp).

Região de fronteira demora mais para migrar

Segundo Roberto Lang, pelo fato de o Sudoeste do Paraná estar em uma região de fronteira, o processo de migração vai ser um pouco mais demorado. “Pra alterações aqui, existe um plano de distribuição dos canais em FM. E esse plano tem que ficar sob consulta do Tratado Quadripartite, que envolve também os países do Uruguai, Paraguai e Argentina. Toda alteração técnica tem que passar pelo crivo desse tratado internacional, esse que está sendo o problema por enquanto. Aqui na nossa região vai demorar um pouco mais por causa disso”, comenta o engenheiro, que presta assessoria técnica para várias rádios do País.

Fonte: Site Jornal de Beltrão