Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

“Momento exige união do setor”, afirma Caique Agustini no Encontro Regional Oeste

Por Comunicação. Publicado em 20/06/2018 às 00:00.

Durante a abertura do Encontro Regional Oeste, em Cascavel, nesta quarta-feira (20/06) os presidentes Alexandre Barros (Aerp) e Caique Agustini (Sert-PR) falaram do momento que vive a radiodifusão e que exige a união do setor.

Eles destacaram o papel das entidades na articulação política e mobilização dos radiodifusores, em torno do debate sobre legislações que geram impactos diretos na radiodifusão, como os projetos que projetos que alteram as regras do serviço de radiodifusão comunitária, permitindo o aumento de potência e a comercialização de publicidade dessas emissoras.

“Neste momento, a radiodifusão tem sido agredida por vários segmentos que estão se aproveitando sorrateiramente do momento político-eleitoral  conturbado no país para tentar fazer um tipo de revolução num setor que está muito combalido, mas que sempre conduziu e ajudou a construir a democracia brasileira, que é a radiodifusão”, afirmou.

Agustini acredita que a união do setor é fundamental no momento. “A radiodifusão será tanto mais forte quanto mais unida ela estiver. Aqui no Paraná, estamos vivendo esse cenário. Somos um dos bons estados onde o radiodifusor se une em torno das suas entidades. Elas são a mesa correta de discussão e o Sert e a Aerp continuam fazendo esse papel”, complementa.

Rodolfo Moura, assessor jurídico das entidades, explica o impacto dessas medidas para o setor. “Os projetos equiparam a rádio comunitária a uma rádio comercial que, para isso, venceu uma licitação, paga tributos e encargos muito mais severos do que rádio que foi agraciada por uma autorização gratuita para atender uma comunidade restrita”, apontou.

Para Moura, a função de uma rádio comunitária – que deve ser de prestar um serviço para uma comunidade restrita, sem a finalidade lucrativa – vem sendo deturpada atualmente. “Infelizmente, isso tem sido deturpado no atual modelo brasileiro, onde vemos muitas rádios comunitárias nas mãos de políticos ou empresários que efetivamente não querem prestar um serviço para a comunidade”.

Confira a sonora: