O papel da mulher na formação da sociedade foi o tema da entrevista de hoje com a psicanalista Luci Pfeiffer, na série de conteúdos especiais produzidos pela Rede AERP de Notícias para comemorar a Semana da Mulher.
“O ser humano começa na mulher. A partir daí, ela traz para esse filho o lugar que ele vai ter no mundo”, destacou. “É a mãe que apresenta para o bebê as primeiras visões do mundo e as primeiras visões sobre ele mesmo, constituindo um psiquismo que até então está em branco”, complementou.
Para Luci, as mulheres precisam ter maior consciência desse papel. “O que falta em nossa sociedade é a cultura da igualdade de direitos, de posições. Precisamos caminhar para que as também as mulheres saibam desses direitos”, afirmou.
O impacto das atitudes dos homens também foi destacado pela médica. “Precisamos que os homens vejam a importância dessa evolução para terem uma parceira. É muito melhor ter uma parceira do que ter alguém para comandar, humilhar e subjugar”, apontou.
Formação das famílias
Famílias que dependem exclusivamente do papel da mulher são cada vez mais comuns. De 1995 a 2015, o número de lares chefiados por mulheres passou de 23% para 40%, segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Segundo Luci, a ausência da figura paterna acaba sobrecarregando a mulher, que assume o papel de provedora não só do sustento integral da família, mas de toda a estrutura familiar e provoca reflexos irreversíveis na formação dos filhos. “Isso é um buraco na estrutura da personalidade de uma criança”, aponta.
Para a psicanalista, o modelo familiar é definitivo para a vida do indivíduo. “Nenhuma criança nasce agressiva, teimosa, propensa aos vícios. Isso vem de uma estruturação que é do pai e da mãe”, afirmou.
A entrevista completa está disponível para download no portal da Rede AERP de Notícias: www.redeaerpdenoticias.com.br