Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Escolha da JBL em embarcar o FM em mais um de seus modelos é um indicador positivo de consumo do rádio

Por Comunicação. Publicado em 19/03/2019 às 10:40.

Decisões como a da JBL não acontecem no achismo e sim após uma série de pesquisas sobre consumo. Fato colabora com o fortalecimento da mídia rádio

A JBL, famosa marca de caixas de som, lançou o JBL Tuner, um modelo que embarca o FM como uma função importante. O fato não apenas amplia a oferta de receptores FMs para o público, mas também ajuda na defesa do meio rádio. Decisões empresariais como esta da JBL, gigante mundial em seu ramo, são tomadas após exaustivas pesquisas sobre tendências de consumo. E isso também colabora com os movimentos realizados pela industria automotiva.

A JBL Tuner acaba sendo um movimento alternativo às caixas de som conectadas e inteligentes, as quais dependem 100% de conexão via internet. Acabam não concorrendo diretamente, já que a proposta da JBL em seus modelos sempre foi a mobilidade (as smart-speakers servem para fixar em um determinado ambiente, se comunicando via uma rede Wi-FI fixa), optando pela resposta da caixa à um dispositivo externo (geralmente um celular, via conexão bluetooth).

O FM acaba gerando uma certa independência ao uso da caixa JBL, já que ela pode ser utilizada mesmos em a presença de outro dispositivo (por ela mesmo receber a sintonia das emissoras). Somado isso ao fato do consumo de rádio em FM continuar elevado em vários países (segundo pesquisas recentes), o que devem ter colaborado com a JBL observar uma oportunidade de negócio ao embarcar o FM em mais um de seus modelos.

Indústria automotiva

A ação da JBL também vai ao encontro da corrida da indústria automotiva em ampliar a oferta de multimídia em seus veículos, tendo o rádio FM como um importante parceiro nessa etapa. Há um esforço internacional no aperfeiçoamento da experiencia do rádio nos automóveis, com investimentos em rádios mais interativos, com FMs mais seletivos, além de híbridos (aqueles que alternam a recepção de um sinal entre FM ou internet, além de usar a conexão on-line para oferecer mais informações e entretenimento ao usuário).

Para o movimento do rádio no Brasil, mais uma vantagem: celulares com FM, automóveis e, decisões como a da JBL, ajudarão a impulsionar o futuro (e atrasado) rádio em FM estendido (este que será utilizado pela migração AM-FM nos grandes centros).

Vale lembrar que a JBL já contava com a linha Tune (outro modelo) com recepção de FM e venda no Brasil (na faixa 87.5 a 108.1 FM).

Atuação multiplataforma e híbrida

O fato também reforça outros pontos mostrados em pesquisas e trabalhados por profissionais na área, de que o rádio precisa pensar numa atuação multiplataforma e híbrida em sua entrega, mesmo que um determinado projeto atue apenas como áudio. Isso vale na sua disponibilidade como Live (ao vivo) e também on-demand (dando o poder de escolha para o usuário ouvir um determinado conteúdo a hora que bem entender).

Exemplo: para alcançar esse novo mundo, uma emissora precisa contar com a sintonia FM (representativa em automóveis, agora neste modelo da JBL e também na grande oferta de aparelhos Android com recepção FM), na on-line (para aplicativos streaming, smart-speakers, indexadores em navegadores, SmartTVS – além de dispositivos como Chromecast e AppleTV, entre outros) e também na entrega on-demand (como os podcasts).

Fonte: tudoradio.com