O ex-gerente da área internacional da Petrobrás, Pedro Augusto Xavier Bastos, foi condenado ontem pelo juiz Sérgio Moro a 11 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Bastos foi preso durante a 41ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em maio deste ano. Ele foi detido no Rio de Janeiro, acusado de receber quatro milhões e 800 mil dólares em propina. Bastos está no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Na sentença, Moro diz que a corrupção passiva cometida pelo ex-gerente causou um prejuízo de 77 milhões e 500 mil dólares para a Petrobrás. Bastos nega parte das acusações e chegou a chorar diante do juiz por considerar a denúncia injusta. Segundo a acusação, Bastos teria facilitado a assinatura de um contrato entre a Petrobrás e uma companhia de serviços de exploração, para perfuração de poços e exploração de petróleo na República de Benin, na África. A defesa alega que os valores recebidos por Bastos são comissões legítimas. A operação que prendeu Pedro Augusto Xavier Bastos tem como alvo outras seis pessoas, relacionadas a cinco contas mantidas na Suíça e nos Estados Unidos, que teriam recebido sete milhões de dólares, entre 2011 e 2014, de forma ilícita. Os investigados devem responder pela prática dos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.