Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

ÁGUA E ENERGIA – Protestos contra a exploração do solo por meio do Fracking continuam fortes no Paraná

Por Toni Casagrande. Publicado em 04/04/2018 às 13:13. Atualizado em 18/07/2018 às 17:14.

Uma tecnologia de nome complicado, mas com riscos fáceis de entender. O fracking ou fraturamento hidráulico, é um método não convencional para a extração do gás de xisto do solo. A profundidade das escavações pode chegar a 3.200m, conseguindo assim atingir as rochas sedimentares, onde é adicionado água, areia e mais de 600 substâncias químicas – algumas delas extremamente tóxicas. Apesar de possuir mais de mais de 30 mil Km² arrematados em leilão para exploração, via Fracking, o Paraná tornou-se o primeiro estado brasileiro a proibir o estudo e extração do gás de xisto, por esse método. A Lei n.º 18.947/2016 foi sancionada pelo Governo Estadual e coíbe a atividade pelos próximos dez anos. Renato Eidt, servidor público no município de Toledo e um do autores da “Carta do oeste paranaense contra o fracking em nossas terras”, pontuou os principais impactos negativos do método. “O primeiro seria o risco de contaminação da água potável. Devido a grande pressão que é injetada com água e produtos químicos na rocha – no subsolo – podem ocorrer vazamentos por má cimentação dos poços ou eventuais acidentes. No nosso caso até do Aquífero Guarani, o que seria muito grave. Outro impacto possível é na produção de alimentos. Claro, se houver a contaminação da água, os alimentos poderiam ser contaminados também. E outro risco seria para saúde humana, devido a esses produtos químicos usados para o fraturamento hidráulico e outros que são liberados pela rocha lá no subsolo, em contato com seres humanos poderia haver sim contaminação”.