Um professor de direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, é acusado falsificar dados no sistema da instituição. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná, o professor adulterou a plataforma digital da UEPG mais de 80 vezes para não ter descontos no salário, já que não cumpria a jornada de trabalho integralmente. As aulas dadas pelos professores são registradas na plataforma. Clovis Airton de Quadros também é assessor da Prefeitura de Ponta Grossa. Segundo o Ministério Público, o professor registrou, em um mesmo dia, a saída da prefeitura às 6 horas e 44 minutos da tarde e a entrada na Universidade as seis e 45. No entendimento do MP, era impossível que ele fosse de um lugar para o outro em um minuto. Os fatos aconteceram entre junho de 2011 e dezembro de 2013. De acordo com a UEPG, o professor sofreu um processo administrativo que recomendou a suspensão dele por 90 dias, com aplicação de multa de 50% dos vencimentos. Por isso, Clovis continuou dando aulas na universidade, mas sem receber salário por 90 dias. A prefeitura de Ponta Grossa não se manifestou sobre o caso. Se condenado, Clovis pode pegar de dois a 12 anos de prisão, além de perder a função pública.