Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

12.07- Água e Energia – Com apenas 3% da área preservada, florestas de araucária correm risco de extinção

Por Toni Casagrande. Publicado em 12/07/2017 às 16:56. Atualizado em 18/07/2018 às 17:49.

Considerada um dos símbolos do Paraná, a Araucária (ou Pinheiro-do-Paraná) está nas listas de espécies ameaçadas de extinção, tanto da União Internacional para Conservação da Natureza, quanto do Ibama. Estudos apontam que apenas 3% da área original da floresta ainda segue preservada.

Entre as causas estão a conversão das florestas nativas em áreas para agricultura, o crescimento das cidades e a exploração da madeira.  Matéria-prima vinda da Floresta de Araucária, o pinhão deve seguir algumas normas na hora da extração. Um dos indicativos do momento adequado para a colheita é a queda de temperatura. Se feita antes da hora, pode gerar prejuízos tanto para o consumidor, como para o meio ambiente, pois interfere na manutenção da árvore e de todo seu ecossistema.

O que ocorre é que muitos coletores se adiantam e removem a pinha ainda na árvore, afetando a germinação de novas plantas. A semente não amadurece e os animais que se alimentam do pinhão também são afetados, pois têm menos alimento disponível, gerando um efeito em cadeia.

Para contribuir na conservação da Floresta com Araucárias, algumas iniciativas importantes já vem sendo desenvolvidas. Um exemplo vem da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza em parceria com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI). Eles implantaram em Santa Catarina uma ação que agrega valor aos produtos extraídos desse ecossistema de acordo com um padrão sustentável de produção, como o pinhão e a erva-mate, ambas espécies nativas.

A iniciativa Araucária+ reúne produtores do Planalto Serrano catarinense, indústria, varejo e sociedade, criando uma rede sustentável de produção, venda e consumo.