Jorge Luz, acusado de ser operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobrás, afirmou em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro que houve um acordo para que políticos do partido apoiassem diretores da Petrobrás no cargo em troca de vantagens indevidas. Segundo Luz, ele intermediou as negociações que chegaram a 11 milhões e 500 mil reais. Além disso, Jorge Luz citou nomes de políticos que supostamente iriam receber as propinas da Petrobrás. Entre eles estão Fernando Baiano e Aníbal Gomes. Segundo Luz, Fernando Baiano representava os diretores e Anibal Gomes os políticos. Fernando Baiano já foi condenado em processos da Lava Jato por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Em nota, o deputado Aníbal Gomes disse que, apesar de conhecer Jorge Luz, não mantinha relação próxima com ele e que desconhece totalmente o acordo citado. O depoimento de Jorge Luz faz parte do processo da 38ª fase da Operação Lava Jato. A ação investiga o pagamento de propinas na contratação e operação de dois navios-sondas da Petrobrás. Jorge Luz e o filho dele, Bruno Luz, são réus no processo e estão presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.