O Paraná tornou-se o primeiro estado brasileiro a proibir o estudo e extração de gás de folhelho, também conhecido com gás de xisto, pelo método fracking. A Lei n.º 18.947/2016, sancionada pelo governador Beto Richa proíbe esse tipo de atividade pelos próximos dez anos.
O fraturamento hidráulico ou “fracking” consiste em perfurar um poço vertical. A seguir, uma mistura de água e substâncias químicas é injetada no terreno sob alta pressão, o suficiente para fraturar a rocha e liberar o gás. A técnica é amplamente contestada por especialistas no mundo todo.
Em novembro de 2013 ocorreu a 12ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP. Só no Paraná, foram arrematados 11 blocos para exploração do xisto, totalizando uma área com mais de 30 mil Km².
Entre os principais impactos do fracking estão os riscos para saúde humana devido ao uso de produtos químicos; contaminação dos alimentos produzidos na região; além da contaminação da água potável – no caso do oeste paranaense há riscos para o Aquífero Guarani.
A mobilização no Estado contra o fracking surgiu a partir de um movimento que reuniu diversos setores da sociedade, entre eles o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD). Algumas cidades como Foz do Iguaçu e Toledo também aprovaram leis municipais proibindo o desenvolvimento da atividade.