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“Escola Sem Partido” pronto para polêmica

Por Redação. Publicado em 28/05/2019 às 08:51.

“Escola Sem Partido” pronto para polêmica votação na Assembleia Legislativa. Nesta terça-feira o projeto vai ser votado na próxima terça-feira pelos deputados estaduais do Paraná. A oposição continua argumentando que a matéria é inconstitucional e a situação afirma que não. A reportagem  é de Deividi Lira.

“Escola Sem Partido” pronto para polêmica

Às vésperas da votação do projeto de institui o programa Escola sem Partido, a maioria dos deputados ainda não manifestou sua intenção de voto.// De acordo com o texto da proposta, os princípios da “neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado” devem ser respeitados pelo educador.//

O texto também prevê que cartazes sejam colocados nas escolas públicas e privadas do Paraná, determinando limites que não poderão ser ultrapassados pelos professores para evitar o suposto “doutrinamento” em salas de aula.//

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano acredita que o projeto vai gerar embate no plenário entre os parlamentares nesta terça-feira.//

O Ministério Público do Paraná e a Ordem dos Advogados do Brasil no estado se manifestaram contrários à aprovação do projeto na Assembleia Legislativa.// Para os órgãos, a iniciativa é inconstitucional por ferir a liberdade de expressão e de cátedra.// O mesmo motivo de inconstitucionalidade e ilegalidade é defendido pela oposição no Parlamento Paranaense.// O líder do PT na Casa, deputado professor Lemos, afirmou que se o Escola sem Partido for aprovado pelos parlamentares nesta terça-feira, os partidos que são contra vão recorrer à Justiça.//

A proposta de autoria do parlamentar Ricardo Arruda (PSL) e do agora deputado federal Felipe Francischini (PSL) está no Legislativo Paranaense de 2016 e tem apoio da bancada evangélica e dos deputados do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.// Um dos apoiadores é o deputado Luiz Fernando Guerra, que foi relator da proposta na Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.// Na opinião dele, não há inconstitucionalidade no projeto.

O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano, disse que confia no parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça, que analisou a constitucionalidade do projeto, mas reconhece que se a matéria for aprovada vai gerar repercussão na sociedade.

Repórter Deividi Lira.