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Explosão em apartamento: Polícia descobre rótulos falsos de impermeabilizantes

Por Jornalismo. Publicado em 11/07/2019 às 08:36.

A Polícia Civil realizou nesta quarta-feira, buscas na empresa Impeseg e na casa dos proprietários, alvos de investigação na explosão do apartamento em Curitiba que matou um menino de 11 anos e deixou três adultos gravemente feridos. Na ação, os policiais detectaram que os produtos impermeabilizantes eram fabricados clandestinamente. Confira na reportagem de Deividi Lira.

 

Foto: PC/PR

 

 

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na empresa Impeseg, responsável pelo serviço de impermeabilização no sofá do apartamento que explodiu no bairro Água Verde em Curitiba no dia 29 de junho e matou um menino 11 anos e deixou três adultos gravemente feridos com queimaduras pelo corpo. Também foram cumpridos mandados na residência dos donos da empresa. Na operação os policiais encontraram rótulos da Anvisa falsificados e galões para armazenar os impermeabilizantes. Nas diligências a Polícia constatou que os produtos eram fabricados de maneira clandestina, já que só um engenheiro químico é autorizado a supervisionar a fabricação e a mistura era feita na casa dos donos, como afirma o delegado da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam), Adriano Chohfi.

A Polícia também acredita que alguns galões com os produtos foram retirados da empresa no dia seguinte da explosão do apartamento.

A suspeita do Corpo de Bombeiros é que um produto inflamável, usado na impermeabilização do sofá, tenha causado a explosão. O resultado da perícia feita no apartamento sai até o final deste mês. No entanto, o delegado responsável pelas investigações, Adriano Chohfi, a hipótese de um vazamento de gás ter causado a explosão está descartada.

A empresa Impeseg permanece lacrada. De acordo com o delegado, ao final do inquérito os donos podem ser indiciados por homicídio quando não há intenção de matar ou por dolo eventual.

O advogado dos empresários preferiu não se manifestar sobre a operação nesta quarta-feira.

O técnico que aplicava o produto no dia do acidente e o casal que morava no apartamento, permanecem internados. A Polícia Civil também vai ouvir as declarações deles nos próximos dias.

Repórter Deividi Lira