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UFPR pára em agosto, segundo reitor

Por Redação. Publicado em 21/05/2019 às 08:31.

O reitor da Universidade Federal do Paraná, Ricardo Marcelo Fonseca, esteve no plenário da Assembleia Legislativa durante a sessão desta segunda-feira. Ele afirmou que o contingenciamento de gastos proposto pelo Governo federal para o ensino público superior vai inviabilizar o funcionamento das instituições federais no estado a partir de agosto. A reportagem é do Deividi Lira.

 

Um bilhão e 543 milhões de reais era o orçamento previsto para a Universidade Federal do Paraná para 2019.// Desse montante, um bilhão e 382 milhões de reais vão para a folha de pagamento de funcionários ativos e inativos.// Sobraria o valor de 161 milhões de reais para a universidade se manter e desenvolver pesquisas durante o ano.// Sobraria, porque com o contingenciamento de 30% anunciado pelo governo federal, o que resta para a UFPR são 112 milhões de reais.// Esse dinheiro cobre as despesas da instituição até a metade do ano e depois a mais antiga universidade federal do país, vai enfrentar mais dificuldade financeira do que já enfrenta atualmente, como desabafou na tribuna da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca.

De acordo com o reitor, 33 mil alunos da UFPR serão atingidos pela decisão do Ministério da Educação.// Somando os estudantes da UFPR, da UTFPR, da Unila e dos institutos federais, o número chega a 100 mil.// O reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, afirmou que muitas pesquisas em Ciência e Tecnologia poderão ser prejudicadas com o bloqueio de verbas e pediu que os deputados sejam solidários à causa e tentem reverter a situação em Brasília.

De acordo com o deputado Professor Lemos do PT, 27 parlamentares assinaram e aprovaram um requerimento, para que seja enviado expediente ao presidente da República Jair Bolsonaro, e ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, para que revejam a decisão sobre o contingenciamento de verbas para as universidades e institutos federais.
O texto que será enviado à Brasília, frisa que a medida “uma vez consolidada, é um retrocesso no ensino superior e atinge todas as áreas e os menos favorecidos, causando prejuízos em todos os setores de ensino”.  O documento ainda diz que “Estes cortes podem comprometer o ano letivo, o funcionamento das instituições, como o dos restaurantes, as residências e até mesmo a formatura dos acadêmicos”.

Repórter Deividi Lira.//