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Caso Daniel: 25 testemunhas são ouvidas no primeiro dia de audiências

Por Redação. Publicado em 02/04/2019 às 08:39.

Ao todo, 25 pessoas foram ouvidas, no Fórum de São José dos Pinhais,  Região Metropolitana de Curitiba, na nova fase de depoimentos sobre a morte do jogador Daniel, iniciada nesta segunda-feira. A audiência segue hoje, em número atualizado, a defesa da família Brittes arrolou ao todo 48 testemunhas. Deividi Lira tem informações.

O primeiro dia da segunda fase de audiências do caso do jogador Daniel Côrrea Freitas, ocorreu com tranquilidade no Fórum de São José dos Pinhais, na RMC. Os advogados de defesa fizeram poucas perguntas às testemunhas. Também não houve embates entre os advogados de defesa e acusação, como na primeira fase. Outro ponto observado nesta segunda-feira foi quando os sete réus saíam da sala de audiência e iam para uma sala reservada, onde podiam tomar água e fazer as refeições, os seus advogados faziam um cordão de isolamento de modo que a imprensa não pudesse registrar fotos e imagens dos acusados.

No período da manhã foram ouvidos os dois policiais militares que atenderam a chamada do rapaz que encontrou o corpo do jogador Daniel, na Estrada Mergulhão em SJP. Para o advogado da família de Daniel Côrrea, que atua como assistente da acusação, Nilton Ribeiro, as falas dos PMs comprovaram que ouve sim a ocultação de cadáver, um dos crimes que os réus estão sendo acusados.

Uma outra testemunha que foi importante para a acusação nesta segunda-feira foi Douglas Silveira, dono do comércio onde Edison Brittes Júnior comprou bebida alcoólica antes do crime. Ele disse que Brittes “apresentava nervosismo”. 

Os dois policiais civis afastados Edenir Canton e Helder Padilha, que aparecem numa foto em um restaurante com Edison Brittes, foram dispensados de depor na condição de testemunhas de defesa.

O advogado de Edison Brittes, Cláudio Dalledone Júnior, pediu a dispensa dos dois à juíza porque temia pela segurança de seus clientes. De acordo com o advogado, há uma organização criminosa que atua em presídios do Paraná e que poderia dar ordem para matar os Brittes por causa do vínculo com os policiais.

As audiências continuam no decorrer desta terça-feira, quarta e sexta-feira no Fórum de SJP. Se os quatro dias não forem suficientes para que todas as testemunhas sejam ouvidas, a juíza do caso Luciani Regina Martins de Paula, vai marcar novas datas. Só a defesa da família Brittes arrolou 48 nomes, entre familiares e amigos.

Nesta fase Edison Brittes Júnior, Cristiana Brittes, Allana Brittes, David Volero, Ygor King, Eduardo Henrique Ribeiro, primo de Cristiana e Evelyn Brisola Perusso, serão interrogados depois que todas as testemunhas foram ouvidas.

Após há um prazo de cinco dias para as alegações do Ministério Público e mais cinco dias para os advogados de defesa. Só depois a juíza irá decidir se os réus vão ou não à júri popular.

Daniel foi morto e mutilado em 27 de outubro de 2018 depois de participar de uma festa na casa da família Brittes. 

O advogado que representa a família do jogador, Nilton Ribeiro, está convicto de que os réus vão a júri popular. Cláudio Dalledone, advogado de Edison Brittes, não quis gravar entrevista. Os advogados dos demais réus também não quiseram se manifestar.

Repórter Deividi Lira.