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Caso Daniel: audiências de instrução devem ser retomadas nesta quarta-feira

Por Jornalismo. Publicado em 04/09/2019 às 08:00.

Começa nesta quarta-feira as audiências de instrução do processo que apura a morte do jogador Daniel Correa Freitas. Nesta fase devem ser ouvidos uma testemunha da defesa da família Brittes e também os sete réus do caso.

Foto: Divulgação São Paulo FC.

 

 

 

 

 

 

 

 

Estão marcadas no Fórum Criminal de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba para esta quarta, quinta e sexta-feira a quarta fase de audiências de instrução que apuram a morte do jogador Daniel Corrêa Freitas. A juíza da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, Luciani Regina Martins de Paula, responsável pelo caso, deve ouvir a última testemunha. O jornalista arrolado pela defesa da família Brittes foi intimado durante a audiência da última fase, no mês passado, mas não foi localizado. Os advogados afirmam que é imprescindível ouvi-lo para esclarecer a integridade de algumas provas. Até o momento foram arroladas 78 testemunhas no processo. Apenas após concluída esta fase, é que se iniciam as oitivas dos sete réus. A expectativa é de que isto aconteça ainda nesta quarta-feira.

Esta será a primeira vez que os acusados depõem a justiça, desde o crime, em outubro do ano passado. Evellyn Brisola Perusso deve ser a primeira a falar. Ela é acusada de denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de adolescente e falso testemunho. A jovem é amiga de Allana Brittes e teria “ficado” com Daniel durante a festa de aniversário de Allana. Ela é a única ré que desde o início das investigações não foi detida.

Logo após, a previsão é de que sejam ouvidos os jovens Ygor King, David William da Silva e Eduardo da Silva, que é primo de Cristiana Brittes. Os três teriam ajudado Edison Brittes, o assassino confesso de Daniel, a agredir e levar o atleta até a área rural de São José dos Pinhais, onde o corpo foi localizado.  Eles respondem pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente. Os três permanecem presos. Os últimos a falarem deve ser a família Brittes. Edison Brittes Júnior responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente e coação no curso do processo. Já Cristiana, a esposa de Edison, é acusada de homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de adolescente. O casal permanece detido desde o inicio de outubro do ano passado. Já a filha deles, Allana é acusada de coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de adolescente. Ela responde em liberdade desde o último dia 6 de agosto, quando o Superior Tribunal Federal concedeu um habeas corpus.

De acordo com o advogado dos Brittes, Claúdio Dalledone, esta fase processual é a de maior importância, pois é o momento de defesa dos acusados.

Já o assistente de acusação, Nilton Ribeiro, diz que o processo tem caminhado de forma ágil e que tem certeza da condenação dos réus.

Depois dessa etapa, as partes envolvidas terão um prazo para apresentar as alegações finais. Na sequência o juiz deve decidir se os réus vão ou não a Júri popular.

Daniel Corrêa Freitas foi encontrado morto em 31 de outubro de 2018, em uma mata, próximo a uma estrada rural na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais. Ele apresentava sinais de agressões e mutilações. O jogador veio a Curitiba para participar da festa de aniversário de Allana. Edison Brittes disse à polícia que cometeu o crime para defender a mulher, Cristiana, de uma tentativa de estupro.

Repórter Alexandra Fernandes