Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Caso Daniel: réus prestam depoimento e encerram fase de audiências de instrução

Por Jornalismo. Publicado em 04/09/2019 às 20:20.

Encerrada as fases de depoimentos do processo que apura a morte do jogador Daniel Corrêa Freitas. Os sete réus participaram das oitivas no fórum de São José dos Pinhais. Agora a juíza vai decidir se eles vão ou não a júri popular.

Foto: arquivo Aerp

 

 

 

 

Dos sete acusados da morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, três preferiram o silêncio durante as audiências de instrução do processo que apura o caso. Entre eles o assassino confesso, Edison Brittes. Por orientação da defesa, Brittes não respondeu aos questionamentos da juíza Luciani Regina de Paula Martins, da 2ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Segundo Claúdio Dalledone, advogado de defesa, Edison só vai se manifestar durante o júri popular.

Quem preferiu o silêncio também foram Ygor King e David William Vollero da Silva. De acordo com o advogado deles, Rodrigo Faucz, eles devem esperar o depoimento de Edison Brittes para se manifestar.

Os jovens estão respondendo por terem participarem das agressões ao jogador e pelo homicídio, já que ajudaram Edison Brittes a colocar Daniel no porta-malas do carro e  levarem o jogador até a área rural onde o corpo foi localizado. Junto com eles estava também Eduardo Ribeiro da Silva, que é parente de Cristiana Brittes. Ele optou por responder a todas as indagações. Segundo o advogado de defesa dele, Edson Stadler, durante a oitiva foram reafirmados todos os fatos já contados a polícia. O réu também deixou claro que a intenção não era matar Daniel, mas fazer a mutilação. E que Edison Brittes matou e mutilou o jogador sozinho.

Já Cristiana Brittes, continua afirmando que foi vítima de uma tentativa de estupro por parte do jogador Daniel, o que teria motivado o esposo dela, Edison, a cometer o crime. Segundo o advogado dela, Claudio Dalledone, ficou evidente no depoimento de que ela não teve participação no crime. SONORA

A filha do casal Brittes, Allana, foi à primeira a ser ouvida. Ela respondeu apenas a juíza e a defesa, contando os detalhes da festa de aniversário e levantou que Eduardo Purkote teria participado das agressões ao jogador e ainda quebrado o celular de Daniel. Purkote chegou a ser indiciado por lesão corporal e foi preso durante as investigações. Mas acabou não sendo denunciado pelo Ministério público e foi liberado. Ele também foi citado no depoimento de Evellyn Brisolla Peruso. Para o advogado de defesa dela, Luís Zagonel, a jovem deveria estar na condição de testemunha e não de acusada dentro do processo.

Nenhum dos sete réus quis responder aos questionamentos do assistente de acusação, Nilton Ribeiro, que é o advogado de defesa da família de Daniel. Apesar disto  ele considerou satisfatório o fim das audiências, e disse que vai aguardar com tranquilidade a decisão da magistrada.

Depois dessa etapa, as partes envolvidas terão um prazo para apresentar as alegações finais. Na sequência, a juíza deve decidir se os réus vão ou não a júri popular.

Daniel Corrêa Freitas foi encontrado morto em 31 de outubro de 2018, em uma mata, próximo a uma estrada rural na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais. Ele apresentava sinais de agressões e mutilações. O jogador veio a Curitiba para participar da festa de aniversário de Allana Brittes.

Repórter Alexandra Fernandes