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CPI da JMK convoca ex-secretários de Beto Richa para depor

Por Redação. Publicado em 08/07/2019 às 10:06.

Mais dois ex-secretários da Administração do Paraná serão interrogados pela CPI da Assembleia Legislativa, que investiga suspeitas de irregularidades nos contratos do governo com a empresa JMK, responsável pela frota de veículos oficiais.// Os depoimentos estão marcados para ocorrer nesta terça-feira.// O repórter Deividi Lira preparou uma reportagem com as informações que a CPI conseguiu até agora.//

Fernando Ghignone, secretário de Administração do Paraná de junho de 2017 até o final de 2018, e Marcia Carla Pereira Ribeiro, que esteve à frente da pasta entre novembro de 2016 e junho de 2017 serão interrogados pelos deputados da CPI da JMK nesta terça-feira na Assembleia Legislativa.// A empresa era responsável pela gestão da manutenção da frota de 18 mil veículos de 52 órgãos do Governo do Paraná.// A JMK foi alvo da operação “Peça Chave” da Polícia Civil no final de maio deste ano.// De acordo com as investigações, o esquema teria lesado os cofres públicos em mais de R$ 125 milhões.// A atuação dos criminosos envolvia a falsificação e adulteração nos orçamentos de oficinas mecânicas, aumentando o valor do serviço prestado e provocando superfaturamentos que chegariam a 2450%.//

Trabalhando em paralelo com a polícia, o presidente da CPI da JMK, deputado Soldado Fruet (PROS), explica em qual resposta a comissão quer chegar ouvindo os ex-secretários.//

Na última terça-feira, a CPI ouviu Dinorah Nogara e Reinhold Stephanes, que também foram secretários de Administração no período de vigência do contrato com a JMK.// Stephanes, que foi secretário de Administração em 2015 e voltou ao posto em 2019, já no governo Ratinho Jr., explicou aos deputados que naquele ano não recebeu denúncias sobre irregularidades no contrato e que a continuidade no contrato, nesse ano, teve o “risco calculado”.//

Dinorah Nogara, disse que não conheceu Aldo Marchini Junior, Jairo Cezar Vernalha Guimarães, Marcos Luiz Robert Zanotto ou Guilherme Votroba Borges. Sobre o último, a ex-secretária afirmou ter ciência de que era o dono da JMK pela assinatura que consta no contrato.// Ela foi taxativa ao afirmar que nos primeiros meses do contrato, a Secretaria não recebeu nenhuma reclamação de problemas na execução dos serviços ou de fraude na apresentação dos valores a serem cobrados.//

De acordo com o relator da CPI da JMK, deputado Delegado Jacovós (PR), em um determinado momento Dinorah Nogara reconheceu que houve falhas na fiscalização dos serviços de manutenção da frota.//
Instalada no último dia 4 de junho, a CPI da JMK já realizou cinco reuniões.// Além dos ex-secretários, já compareceram os delegados Alan Flore e Guilherme Dias, da Divisão de Combate à Corrupção, que investiga fraudes no contrato, e Benedito Gonçalves Neto, ex-titular da Divisão de Infraestrutura da Polícia Civil.// O relator dos trabalhos, deputado Delegado Jacovós, conta o que as investigações da CPI apontaram até agora.//

Também serão convocados para prestar esclarecimentos todos os ex-diretores do Departamento de Gestão do Transporte Oficial, o ex-chefe da Casa Civil no governo Beto Richa e ex-deputado Valdir Rossoni.// O prazo regimental para conclusão dos trabalhos da CPI da JMK é de 120 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 60 dias.//

Repórter Deividi Lira.//