Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Governo anuncia nova empresa que fará gestão da frota oficial

Por Redação. Publicado em 23/07/2019 às 07:15.

Depois de suspender o contrato com a empresa JMK, que foi alvo de uma operação policial há dois meses, o governo do Estado fechou um novo contrato com uma empresa para fazer manutenção dos veículos oficiais. A nova contratação prevê uma série de medidas problemas semelhantes aos ocorridos com a JMK. Confira na reportagem de Deividi Lira .

 

 

A empresa Maxi Frota com sede em Salvador- BA é a nova responsável pela manutenção da frota de veículos oficiais do estado. O contrato emergencial  no valor de 38mil e 657 reais vai permitir que o conserto da frota seja feito até que ocorra uma licitação para contratação definitiva de uma prestadora de serviço.

De acordo com o secretário de Administração do Estado, Reinhold Stephanes, o contrato com a Maxi Frota pode durar até 180 dias.

O contrato emergencial foi autorizado depois do afastamento da empresa JMK, que foi alvo da operação “Peça Chave” da Polícia Civil no final de maio deste ano. A empresa era responsável pela gestão da manutenção da frota de 18 mil veículos de 52 órgãos do Governo do Paraná. A atuação dos criminosos envolvia a falsificação e adulteração nos orçamentos de oficinas mecânicas, aumentando o valor do serviço prestado e provocando superfaturamentos que chegariam a 2450%. De acordo com as investigações, o esquema teria lesado os cofres públicos em mais de R$ 125 milhões.

Uma das principais mudanças no contrato com a nova empresa prestadora de serviços é a obrigatoriedade de comprovação, por parte da contratada, dos pagamentos feitos às oficinas credenciadas em todo o Paraná.
A Maxi Frota não pode demorar mais do que 15 dias, após receber o pagamento do Governo, para pagar as oficinas. Isso deverá ser comprovado por meio de notas ficais. Caso a contratada esteja demorando mais do que o prazo estabelecido no contrato para pagar as oficinas, ela fica impossibilitada de receber novos pagamentos por parte do Estado.

O secretário de Administração do Paraná, Reinhold Stephanes, afirma que esta série de mudanças foi inserida no contrato com a nova empresa, a fim de evitar problemas semelhantes aos ocorridos com a JMK.

O contrato anterior, com a JMK, para a manutenção da frota do governo também é alvo de uma CPI- Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa.

Instalada no dia 4 de junho, a CPI da JMK realizou cinco reuniões. Os deputados já ouviram os delegados Alan Flore e Guilherme Dias, da Divisão de Combate à Corrupção, que investiga fraudes no contrato, Benedito Gonçalves Neto, ex-titular da Divisão de Infraestrutura da Polícia Civil, os ex-secretários de Administração, Dinorah Nogara, Reinhold Stephanes, Fernando Ghignone e Marcia Carla Pereira Ribeiro.

Também serão convocados para prestar esclarecimentos todos os ex-diretores do Departamento de Gestão do Transporte Oficial e o ex-chefe da Casa Civil no governo Beto Richa e ex-deputado Valdir Rossoni.

Repórter Deividi Lira