Depois de ser resgatado pela Polícia Ambiental, um pássaro de uma espécie ameaçada de extinção, teve suas penas transplantadas por profissionais do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu. O transplante é inédito na região oeste do Paraná.
Foto: Parque das Aves
Um araçari-castanho foi a primeira ave a passar por um transplante de penas no Parque das Aves em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Provavelmente vinda do tráfico de animais, a ave foi resgatada pela Polícia Ambiental e encaminhada ao parque. O pássaro estava com a saúde comprometida e as penas de uma das asas tinham sido cortadas para que ele não pudesse voar.
Depois de receber todos os cuidados necessários da equipe do Parque, o animal passou pelo transplante de penas para reabilitar sua capacidade de voo. A médica veterinária e diretora técnica do Parque das Aves, Paloma Bosso, explica que esse procedimento foi importante para que a ave pudesse retomar sua principal atividade rapidamente.
Durante o transplante o araçari foi colocado para dormir e as penas de um grande banco de penas do Parque das Aves foram transferidas pra ele. Embora o procedimento dure em média meia hora, ele é trabalhoso e exige muita atenção do profissional que o faz, como conta a diretora técnica do Parque, Paloma Bosso.
No momento o pássaro está voando normalmente em um recinto amplo, mas os veterinários vão fazer uma nova avaliação quando ele for liberado para voos de maiores distâncias.
O Parque das Aves possui cerca de 150 espécies de aves e mais de 1.400 pássaros, sendo que 50% deles são resgatados do tráfico de animais pela Polícia Ambiental, Polícia Federal e pelo IBAMA. Na maioria dos casos eles são vítimas de maus-tratos e chegam ao local em péssimas condições.
Como o transplante inédito de penas no parque teve um resultado satisfatório para a equipe de profissionais, a intenção é realizar o procedimento em outras aves que chegam ao local, como assegura a diretora do parque.
Repórter Deividi Lira