A greve dos servidores públicos estaduais chega ao 14º dia nesta terça-feira e ao que parece sem previsão para terminar. Após a proposta do governo apresentada à imprensa na semana passada, o Executivo Estadual apresentou nesta segunda-feira uma nova proposta de reajuste salarial ao funcionalismo público, que novamente foi rejeitada. Sem entendimento entre as partes, a votação do pagamento da data-base na Assembleia Legislativa ficou para depois do recesso parlamentar.
Foto: João Paulo/ APP- Sindicato
A proposta de reajuste ao funcionalismo público estadual enviada na semana passada à Assembleia Legislativa pelo governo, entraria na pauta de votação desta segunda-feira. Mas, antes do início da sessão, o líder do governo na Casa, deputado Hussein Bakri, pediu ao presidente do Legislativo Estadual, deputado Ademar Traiano, que retirasse o projeto de pauta. Bakri explicou que, nesta segunda-feira, uma contraproposta de 2% de reajuste em janeiro de 2020 foi feita aos servidores, mas eles rejeitaram e pediram que os 2% sejam concedidos no pagamento de outubro deste ano e aceitaram que o restante seja parcelado até 2022. O líder afirmou que o estado não tem condições financeiras de dar esta porcentagem aos servidores neste ano.
No que depender do funcionalismo público estadual a greve continua, até que o governo concretize uma proposta satisfatória para os servidores, como afirma o presidente do sindicato que representa os professores, Hermes Leão.
Nesta segunda-feira 20 entidades representativas dos servidores se reuniram em Curitiba para tratar dos próximos passos do movimento e continuar negociando com o governo. No décimo quarto dia da greve, os trabalhadores promovem nesta terça-feira na capital um grande ato público, que vai contar com caravanas vindas do interior do estado, para cobrar do governador Ratinho Junior o pagamento da reposição salarial.
A concentração terá início às 9h na Praça 19 de Dezembro, no centro da cidade. Na sequência, os servidores vão seguir em caminhada até o Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense. Uma reunião entre representantes das entidades sindicais e do governo estadual também foi agendada para esta terça-feira, para debater uma proposta e a pauta específica da educação.
Já na Assembleia, a votação do projeto do pagamento da data-base deve ficar para agosto, depois do recesso parlamentar que começa no dia 17 de julho. Segundo o presidente do Legislativo Estadual, Ademar Traiano, os deputados vão encerrar as votações nesta semana.
Repórter Deividi Lira