Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Empresas pressionam o Google por veicular anúncios com conteúdo extremista

Por Equipe AERP. Publicado em 28/03/2017 às 00:00.

Muitas já suspenderam publicidade no Youtube; com isso a veiculação de anúncios no ambiente digital é colocada em xeque-mate

Empresas dos Estados Unidos e da Europa estão endurecendo no boicote ao Google e ao YouTube, por veiculação de anúncios em conteúdo extremista. A Associação Nacional de Anunciantes (ANA), dos Estados Unidos, emitiu comunicado na semana passada pedindo que seus membros suspendam a publicidade em sites das duas plataformas.

Já suspenderam seus anúncios empresas como Johnson & Johnson, General Motors, Walmart e PepsiCo. Em comunicado, a GM afirmou que “suspendeu todos os anúncios segmentados no YouTube até que o Google possa dar garantias de segurança.” A PepsiCo disse, também em comunicado, que está “profundamente preocupada que sua marca tenha aparecido ao lado de vídeos que promovem ódio e ofensas”.

A essência da propaganda é associar marcas a valores positivos que se conectam com os desejos emocionais dos consumidores. Quando a marca aparece em um contexto ofensivo, esse conteúdo pode ser associado à essência da marca. Por isso, a publicidade em plataformas digitais ganhou nas últimas semanas muitos questionamentos e cobranças de mais transparência e cuidado.

O movimento de boicote ao Google começou no Reino Unido, fazendo com que o Google viesse a público anunciar novas diretrizes relacionadas à mídia programática. No Brasil, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) emitiu um comunicado com a expectativa de que os acontecimentos contribuam para que as empresas reconsiderem suas atitudes e práticas de transparência. “O momento é uma excelente oportunidade para o digital demonstrar o compromisso de sua operação não apenas com a sua audiência em geral, mas também com anunciantes e as agências de publicidade”, diz a nota da Abap.

Fonte: com dados do portal Meio e Mensagem