Um estudante de 14 anos de Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais, foi proibido de ficar em sala de aula por causa da cor do cabelo. A proibição foi feita pela direção do Colégio Estadual Padre José Anchieta, que voltou atrás depois que a família procurou a Justiça. Segundo o aluno Lucas Mateus Mustefaga, ele descoloriu o cabelo que era castanho, depois que viu um jogador do time do Santos. Na semana passada, o aluno foi expulso da sala de aula e passou dois dias na biblioteca. O pai dele, Antônio Marcos Mustefaga, procurou a diretora do colégio para pedir uma explicação. De acordo com o pai do aluno, a diretora da instituição insinuou que o menino seria julgado porque parecia que, com aquela cor de cabelo, ele estava metido com coisa errada. O Núcleo Regional de Educação afirma que o colégio segue um regimento interno, aprovado pelos pais, e que proíbe o uso de piercing, tatuagem, boné e corte de cabelo ou coloração extravagante. Um procedimento administrativo foi aberto pelo Ministério Público, para apurar um possível constrangimento causado ao adolescente. O aluno voltou a frequentar as aulas depois da abertura do processo. Lucas afirmou ainda que não pretende pintar o cabelo de castanho de novo.