A AERP e o SERT-PR sediaram na segunda-feira (26/02) uma reunião entre aproximadamente 20 representantes de emissoras de rádio AM do Paraná que têm interesse em migrar para a faixa atual de FM. A reunião foi mediada pelo diretor técnico da AERP, Roberto Lang, com a apoio do engenheiro Elias Agustinho, e apresentada pelo diretor da ABERT, André Cintra.
A mudança para FM é uma reivindicação de muitas emissoras, pois, ao operar em faixa FM, elas também serão transmitidas pela internet e sintonizadas em dispositivos móveis, com mais qualidade de sinal, maior audiência e mais possibilidades de faturamento. Das 1781 rádios AM no País, mais de 1,4 mil solicitaram a mudança de faixa na 1ª etapa do processo.
O presidente da AERP, Alexandre Barros, ressaltou o interesse da entidade em agilizar o processo para que o maior número de emissoras migre nessa etapa atual, especialmente após o decreto em que o MCTIC reabriu o prazo para fazer a solicitação.
“Essa foi a primeira de uma série de reuniões. A AERP e o SERT atuarão para mediar essa interface entre as emissoras de rádio AM do Paraná e o MCTIC e Anatel. Colocamos toda a nossa estrutura à disposição e solicitamos que o olhar seja para todo o Estado, para que sejam contempladas todas as emissoras que estejam aptas”, afirmou Alexandre Barros.
Durante a reunião, André Cintra apresentou os estudos de viabilidade já realizados, apontando que a exclusão de canais vagos, a alteração de canais de reservas do Plano FM e de canais de Radcom poderão abrir espaço na faixa atual. Ele também destacou implicações específicas no Paraná, como é o caso das emissoras do Oeste do Estado que enfrentam uma dificuldade a mais. No caso delas, a Anatel precisa submeter o pedido do processo de migração para aprovação do Mercosul.
Segundo Cintra, a ABERT com o apoio da AERP vai trabalhar para que haja exclusão dos canais vagos e para que mais emissoras consigam migrar na faixa atual. Ele ressaltou a importância de se ter um panorama completo, para atender a um maior número de emissoras.
“Nesse sentido, sugerimos que os engenheiros das emissoras do Paraná nos indiquem estudos e informações sobre alteração de potência de canais. Estudando caso a caso poderemos contemplar um número maior de emissoras na migração para o FM”, explicou Cintra.
Ao final da reunião, os participantes definiram encontros regionais com engenheiros, sob a coordenação da AERP, para analisar dados como: potência para operar em FM e coordenadas de onde a antena será instalada. Essas informações deverão constar numa carta que será protocolada na AERP.
“Estamos muito satisfeitos com essa primeira reunião. Esses estudos específicos serão muito importantes para termos segurança e efetividade no processo de migração”, finalizou Roberto Lang.