O Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Quadro Negro, que apura desvios de dinheiro público em obras de construção e ampliação de escolas. O repórter Deividi Lira traz os resultados da ação.
A sexta fase da Operação Quadro Negro do Gaeco ocorreu nesta quarta-feira de forma simultânea em Curitiba, Campo Largo, Cascavel no oeste do estado e em Castro, nos Campo Gerais. Foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão. As buscas foram realizadas nas casas de 29 empresários e de três ex-servidores públicos. Houve também duas prisões em flagrante por porte ilegal de arma, uma por munição indevida e uma por desacato. De acordo com o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, esta etapa da Operação mirou 22 empresas que mantiveram contratos com o Estado.
A Operação Quadro Negro teve início em agosto de 2015 e investiga um grande caso de corrupção ativa, peculato e desvios de verbas públicas ocorridos no âmbito da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Segundo o Ministério Público o desvio chega a pelo menos 20 milhões de reais. O montante era destinado à construção e reforma de escolas estaduais, entre 2012 e 2015, na gestão do ex-governador Beto Richa.
Ao todo, sete processos criminais integram a Quadro Negro. Além de Richa, a esposa Fernanda Richa e outros cinco investigados se tornaram réus em processos da operação. Ninguém foi condenado.
Repórter Deividi Lira