A prefeitura de Curitiba decidiu reabrir o Comitê de Respostas às Emergências em Saúde Pública, que estava fechado desde 2015. O grupo vai definir estratégias para combater o avanço do sarampo no município, que já tem quatro casos confirmados.
Foto: Divulgação SMSC
Diante dos novos casos de sarampo confirmados em Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde decidiu reativar o Comitê de Respostas às Emergências em Saúde Pública, que estava extinto desde 2015. As reuniões começam a partir da próxima semana e o grupo é composto por representantes da área da saúde, de instituições governamentais e não governamentais.
De acordo com a coordenadora da Central de Vacinas da secretaria de saúde de Curitiba, Leia Regina da Silva, o grupo de trabalho vai trocar informações e ajustar estratégias de combate ao avanço da doença.
Até agora quatro casos foram confirmados. O último é de um morador de Curitiba, de 22 anos, que contraiu o sarampo há cerca de um mês durante uma viagem a São Paulo.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Paraná têm 24 suspeitas de sarampo. Todos os pacientes contraíram a doença em outros estados. Ao todo foram confirmados sete casos. Quatro em Curitiba, um em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de da capital, e dois no norte do estado: em Jacarezinho e em Rolândia.
O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida por vírus. As complicações decorrentes da doença são mais graves em crianças menores de cinco anos e podem causar meningite, encefalite e pneumonia. O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e espirro.
Segundo o chefe da Divisão das Doenças Transmissíveis da Sesa, Renato Lopes, a forma mais eficaz de prevenção é a vacina.
Em crianças, a primeira é aplicada aos 12 meses de vida e a segunda dose aplicada aos 15 meses na vacina tetra viral que previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela. Já quem tem até 29 anos deve receber duas doses para a imunização. Para a população entre 30 e 49 anos uma dose em qualquer momento da vida já é o suficiente. Em pessoas maiores de 50 anos a vacina é indicada apenas nos casos de bloqueio vacinal após a exposição com casos de suspeita da doença ou confirmados. Pessoas imunodeprimidas, mulheres grávidas e menores de seis meses de idade não devem tomar a vacina.
Repórter Alexandra Fernandes.