Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Logística reversa de pneus vai atender a todos os municípios do Paraná

Por Jornalismo. Publicado em 16/09/2019 às 17:07.

Um acordo pelo governo do Paraná com a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos vai levar as ações de logística reversa de pneus aos 399 paranaenses.

Foto: AEN

 

 

 

 

 

 

 

Um acordo firmado entre a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, vai ampliar para todas as cidades paranaenses a logística reversa de pneus, para destinação adequada. Atualmente apenas 190 municípios recebem este atendimento feito por uma fabricante de pneus.

Com a parceria, a responsabilidade sobre os pneus inservíveis, aqueles que não servem mais para o uso, ficará dividida entre importador, distribuidor, fabricante, comerciante e município. De acordo com o coordenador da Divisão de Resíduos Sólidos da secretaria, Laerty Dudas, o novo acordo vai trazer mais benefícios a esta prática.

Por lei, é responsabilidade do importador, do comerciante, do distribuidor e do fabricante dividir a conta da logística reversa. Porém, na reunião o fabricante assumiu a maior responsabilidade, que é o transporte do resíduo até a destinação correta. Com isto, os municípios terão a responsabilidade de organizar com os comerciantes de pneus, locais adequados para armazenar os resíduos até o recolhimento por parte do fabricante. Segundo a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável , a expectativa é de que 4 mil empregos diretos sejam gerados para neste processo.

Os chamados pneus inservíveis são aqueles apresentam algum dano irreparável na estrutura. Esses pneus geralmente são descartados de forma incorreta pela população, que tem o costume de queimá-los ou jogá-los em rios e terrenos baldios. Ato que afeta tanto a saúde pública, atraindo o mosquito da dengue e liberando dioxinas, por exemplo, quanto ao meio ambiente, contribuindo para o assoreamento e enchentes. Os pneus recolhidos podem ser aproveitados para o coprocessamento em fornos de cimento, já que são mais baratos que os de petróleo. Também podem ser triturados para uso em pavimentação de vias com o chamado asfalto-borracha, que além do baixo custo, dura mais que o asfalto comum.

Repórter Alexandra Fernandes