Se assuntos como a geração de conteúdo multiplataforma já pautavam o mercado de rádio em 2019, a tendência é que isso seja ampliado este ano. Várias mudanças tecnológicas e no hábito de consumo da população que já estavam em curso devem ser aceleradas em 2020. Apesar da resiliência do FM no Brasil e no mundo, a atuação em ambientes digitais por parte das emissoras está longe de ser um opcional, sendo um complemento indispensável na distribuição de conteúdo.
O consumo de conteúdos digitais deve ser ampliado para novos níveis em 2020. Isso é desenhado com base no crescimento do áudio nos anos anteriores, ganhando uma dinâmica de destaque em 2019 com o avanço do podcast e também do streaming. Ouvintes estão cada vez mais acostumados em procurar o conteúdo de uma rádio em multiplataforma e isso inclui a disponibilidade da tradicional programação ao vivo do FM/AM em diversos ambientes digitais, em diferentes dispositivos.
Essa ampliação do consumo digital ocorre em paralelo ao consumo “offline”, ou seja, o público não faz distinção de plataformas, indo atrás de marcas e experiências que são confiáveis para ele. Isso amplia a necessidade das emissoras de rádio serem encontradas em diferentes ambientes, com a adoção de distribuição de seu conteúdo multiplataforma, independente se irá focar apenas em áudio ou investirá em áudio e vídeo.
A expectativa de crescimento no consumo digital é baseada em séries de pesquisas recentes (realizadas aqui e lá fora) e pelo avanço tecnológico. E o avanço do consumo digital já ocorre antes mesmo da adoção de novas tecnologias de conexão, como o 5G (apontado como um divisor de eras no avanço digital).
Presenças de smart-speakers (caixas de som inteligentes) no Brasil, carros conectados, maior uso dos já populares smartphones, fones de ouvido sem fios com inteligência artificial, maior uso de comandos de voz, entre outros dispositivos, ampliam a necessidade de presença do rádio nesses ambientes, mas também geram novas oportunidades para o mercado.
Fonte: tudoradio.com