O Ministério Público do Paraná pediu para que o Governo do Estado fizesse um levantamento sobre a situação dos profissionais coletores de materiais recicláveis nos 399 municípios. Segundo o entendimento do MP, eles devem receber auxílio financeiro durante a pandemia e se afastar das atividades. Os detalhes na reportagem de Amanda Yargas.
FOTO: Arquivo Cootacar/ Duplica Fotografias
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) já havia permitido que as cidades que julgassem necessário usassem os aterros sanitários para destinação do lixo reciclável. A medida foi adotada para prevenir o contágio dos trabalhadores na coleta e separação por meio do contato com material contaminado. A Cooperativa dos Trabalhadores Catadores de Material Reciclável de Cascavel (COOTACAR), por exemplo, chegou a ficar uma semana com as portas fechadas, mas sem a separação e a venda do material, os profissionais também ficaram sem rendimentos, que é feito pelo modelo de rateio entre os cooperados. Além disso, a quantidade de material recebido pela cooperativa todos os dias aumentou com o isolamento e eles resolveram voltar à atividade, como conta o assistente social e responsável técnico da Cootacar, Jonatas Barreto
Sob a incerteza de como serão os próximos dias e talvez meses, restou à cooperativa tomar medidas de reforço na prevenção do vírus.
Em atenção a situações como esta, o Ministério Público do Paraná recomendou ao Governo do Estado que levantase informações sobre como está sendo realizado o trabalho dos catadores de materiais recicláveis durante a pandemia e se há alguma medida de proteção da renda destes profissionais em cada uma das cidades do estado, como explica o promotor Alexandre Gaio, da Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente e de Habitação e Urbanismo
Segundo o promotor o Ministério Público do estado quer garantir a segurança física e a renda destes trabalhadores durante a crise da Covid-19.
Repórter Amanda Yargas