Em meio à pandemia, os hospitais privados sofrem uma crise financeira sem precedentes, já que os pacientes evitam qualquer atendimento que não seja essencial e os preços de materiais hospitalares teve um aumento acentuado. A situação crítica pode levar a demissões e até mesmo a falência de algumas instituições. Os detalhes na reportagem de Amanda Yargas.
Foto: Ari Dias/AEN
Ao contrário do que se poderia imaginar, com a pandemia de Covid-19, os hospitais privados do Paraná passam por várias dificuldades financeiras. Com o isolamento social, atendimentos de emergência, internações, cirurgias, consultas e exames registraram uma queda inédita de até 80%. Com isso, o faturamento caiu 60% a partir deste mês e os hospitais já trabalham com déficit, como conta o presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar), Rangel da Silva.
Segundo o presidente, a taxa de ocupação média dos leitos nos hospitais particulares e filantrópicos que não são referência para Covid-19 está abaixo da metade, o atendimento clínico caiu cerca de 60% e a quantidade de cirurgias eletivas que estão sendo realizadas é mínima.
Com a pandemia, alguns materiais hospitalares, como máscaras e aventais, que antes tinham um prazo de pagamento de 30 dias, agora têm que ser pagos de forma antecipada. Além disso, insumos e equipamentos tiveram uma alta significativa nos preços, o que piora a situação, como explica o presidente da Fehospar.
Para tentar reverter este quadro, a Fehospar tem buscado apoio em diferentes esferas do governo, mas conforme o presidente, a ajuda pode chegar tarde demais.
Repórter Amanda Yargas