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Profissionais se manifestam contra medidas da Prefeitura de Curitiba contra Covid-19

Por Jornalismo. Publicado em 15/06/2020 às 17:18.

Profissionais e empresários reclamam do fechamento em setores que foram afetados pela entrada da bandeira laranja, o alerta médio contra o coronavírus, determinado pela Secretaria de Saúde em Curitiba. Donos de academias e profissionais de educação física conseguiram uma reunião com a Prefeitura, mas o setor de bares e restaurantes foi impedido de se manifestar por uma ordem judicial. Quem traz as informações é a repórter Amanda Yargas.

Foto: Geraldo Bubniak/AGB

 

 

Em 2 semanas, o número de casos confirmados de Covid-19 subiu 57% em Curitiba e a quantidade de pessoas que perdeu a vida na capital do estado por conta da doença passou de 45 para 74, um aumento de 64%. A ocupação dos leitos de UTI por pacientes do novo coronavírus chegou a 74% nesse sábado, a maior desde o início da pandemia. Com isso a Secretaria Municipal da Saúde aumentou o nível de alerta contra o novo coronavírus, passando para bandeira laranja, que corresponde ao alerta médio. Academias, clubes esportivos, praças e parques, templos religiosos, bares ou espaços culturais estão proibidos de funcionar. O comércio e os escritórios tiveram os horários restritos.

Duas manifestações estavam marcadas para esta segunda-feira em frente à sede da prefeitura da cidade por causa das mudanças. A primeira aconteceu pela manhã com empresários do setor de academias e profissionais de educação física.

A maior reclamação dos empresários é que, segundo eles, as academias estavam funcionando cumprindo medidas rígidas de proteção. Eles garantem que o ambiente é mais seguro do que outros que vão permanecer abertos e consideram que a decisão está relacionada a um preconceito com o setor, como explica Renato Ramalho, líder regional da Associação Brasileira de Academias.

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Já os personal trainers e os profissionais que atendem de forma autônoma reclamam de terem sido chamados a atuar no começo da pandemia, sendo vistos como profissionais de saúde, e agora estarem sendo impedidos de trabalhar. A maioria deles é profissional autônomo e, com o fechamento de academias e parques, tem sua atividade impossibilitada. Sem trabalhar, não recebem, mas também não são elegíveis para nenhum pacote de auxílio financeiro de qualquer esfera do governo, como explica o personal Fábio Roberto Lucas.

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A segunda manifestação foi convocada pela Abrabar, Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas, para a tarde desta segunda, mas foi cancelada por uma ordem judicial que determinou a suspensão de manifestações na capital. A decisão liminar da juíza Gabriela Scabello Milazzo definiu que a partir do meio dia desta segunda-feira até o meio dia do dia da próxima segunda, 22 de junho, estão suspensos os protestos com multa diária de 10 mil reais aos organizadores e mil reias para manifestantes que forem identificados por meio de fotos, vídeos ou até por placa de veículo.

O presidente da Abrabar, Fabio Aguayo, havia convocado o protesto em um vídeo nas redes sociais dizendo que os gestores municipais tinham passado da conta e que o setor estava fazendo a sua parte, que não era responsável pelo crescimento de casos na cidade. Com a proibição ele lançou outro vídeo dizendo que esperava que a decisão fosse revista e que eles pudessem trabalhar para defender os interesses da categoria e das famílias.

 

 

Repórter Amanda Yargas.