Apesar de um Comitê com representantes de diversas áreas da saúde e da educação ter apresentado um protocolo para a retomada das atividades, ainda não há data definida de quando isso vai acontecer, o que pode ser diferente em cada região do Estado. O retorno não vai ser obrigatório e as famílias serão consultadas sobre como querem que os filhos continuem os estudos, mas especialistas reforçam que a presença é importante para ressocialização e para a saúde mental das crianças. Os detalhes na reportagem de Amanda Yargas.
Foto: Lui Xu/ Xinhua
O protocolo trouxe detalhes sobre como vai funcionar o retorno das atividades presenciais quando a Secretaria de Estado da Saúde der autorização para a reabertura das escolas. O Comitê reuniu vários setores do governo ligados à Saúde e à Educação, e também representantes da Assembleia Legislativa, do Ministério Público da Associação dos Municípios, dos Sindicatos de professores e das escolas particulares e teve a participação do presidente da Sociedade Brasileira de Epidemiologia, Dr. Clovis Arns. Nos próximos 14 dias, a Saúde vai elaborar uma metodologia para embasar a decisão sobre quando será o retorno. E a data pode não ser unificada, como explica o diretor-geral da Secretaria da Educação Gláucio Dias.
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Entre as principais medidas sanitárias estão a utilização de equipamentos de proteção individual para alunos, professores e funcionários; distanciamento de 1 metro e meio em todos os espaços incluindo as salas de aula e aferição de temperatura de todos que entrarem na escola, com limite de 37º. Também serão escalonados os horários de entrada, saída e intervalo, bem como as próprias aulas presenciais, que serão adotadas de forma híbrida com as aulas online. O retorno será gradual, por faixa etária. Além das medidas sanitárias, o protocolo define também medidas pedagógicas e uma consulta com os pais, que podem decidir que os filhos continuem com atividades em casa, como conta o diretor.
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A decisão vai permitir que as escolas públicas e privadas se organizem para cumprir o protocolo com estrutura e pessoal adequado. Para o Dr. Victor Costa Junior, infectologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, é importante que os pais mantenham o vínculo com as instituições de ensino porque elas vão ajudar na ressocialização das crianças.
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Segundo o médico, é preciso manter os filhos ativos dentro de casa, para que problemas com a saúde mental e com o desenvolvimento intelectual, principalmente nas crianças, sejam evitados, mas a socialização na escola vai ajudar a recuperar os efeitos do isolamento.
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Repórter Amanda Yargas