Por Marinna Protasiewytch
É certo que a pandemia do coronavírus trouxe uma crise econômica responsável pelo fechamento de muitos negócios. Segundo um levantamento realizado pelo Sebrae nos 26 estados brasileiro e no Distrito Federal, entre os meses de abril e maio, 44% dos 10.384 empresários abordados pela pesquisa dizem que a crise afetou o seu negócio. A média geral na queda do faturamento chega a 60%, o que tem gerado desemprego e a falência de muitos empreendimentos.
Mas é preciso entender que em toda situação adversa é possível se reestruturar inovando. Com as proibições de circulação, a internet ganhou mais consumidores e os negócios online opções e visibilidade. Para o coordenador do centro de empreendedorismo do UNISAL, Marcos Corrêa, “devem surgir muitas oportunidades na pós-pandemia, o chamado “novo normal” trará uma nova configuração de mundo em várias esferas, é necessário estar atento para encontrar os espaços não preenchidos do mercado”.
Neste contexto, Marcos afirma que com reflexões simples é possível obter bons resultados, mesmo durante a crise. “A primeira orientação é manter a racionalidade das análises. Para se desenvolver um negócio é necessário paixão, mas na hora de tomar decisões e realizar análises, é necessário que a haja razão” explica o coordenador do CdE da UNISAL.
Para quem deseja empreender neste momento, a necessidade pode ser uma forma de se desenvolver no mercado, mas o empreendedorismo de oportunidade ainda é o mais certeiro e possui uma taxa de vitalidade maior. “O empreendedorismo por oportunidade, tende a ser sempre mais consistente e duradouro que o empreendedorismo por necessidade, visto que a base inicial é uma oportunidade encontrada, uma brecha no mercado que o empreendedor enxerga e começa a explorar, enquanto no empreendedorismo por necessidade, muitas vezes, é uma empreitada mais do mesmo, tentando melhorar o que já existe” exemplifica Corrêa.
Outra forma de enxergar a diferença é observar os tipos de produtos e serviços em alta neste momento de crise pandêmica. “As operações em delivery (seja de alimentos ou de produtos), já eram uma tendência que se acelerou e agora deve se consolidar, já a utilização, produção e venda de máscaras, álcool em gel e alguns serviços que possuem alta demanda hoje, devem perder fôlego e sumir no pós-pandemia” conta Marcos, que termina afirmando que é necessário ter cuidado para saber separar a tendência perene da passageira.
Dicas práticas para quem quer empreender
Comece avaliando algumas questões e implantando estas técnicas básicas:
– Manter-se atualizado ao momento, às tendências;
– Usar a internet a seu favor;
– Pensar fora da caixa, inovar é a palavra para combater a crise;
– Dar um passo atrás se necessário, para salvar o negócio;
– Cuidar da saúde de todos, funcionários, clientes e a sua.
“Não desista de empreender, não desista dos negócios. O mercado consumidor não acabou ele apenas está se transformando” conclui o professor.