Casos graves de covid-19 em pessoas jovens e saudáveis, intrigam a comunidade médica desde o começo da pandemia. Mas um estudo internacional que tem a participação de paranaenses está ajudando a lançar luz sobre este mistério e pode ajudar a evitar mais casos graves da doença. Os detalhes na reportagem de Amanda Yargas.
Foto: Reprodução/IPP
Paranaenses estão participando de uma pesquisa que tem o objetivo de desvendar porque algumas pessoas que não tem comorbidades nem estão nos grupos de risco para a covid-19 apresentam quadros graves da doença. Carolina Prando é diretora translacional do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe (IPP) e uma das coordenadoras do COVID Human Genetic Effort no Brasil. Ela explica que o estudo já chegou a duas descobertas importantes.
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As conclusões dos pesquisadores podem ajudar na prevenção e também na definição de tratamentos mais efetivos para pacientes com uma apresentação mais avançada da covid-19. Um deles é a reposição de interferon em pacientes no qual ele é deficiente, mas como qualquer medicamento, ele também deve passar por um período de testagem para a nova doença. Já nas pessoas que tem o anticorpo que inibe esta proteína, o tratamento seria ineficaz.
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Estas descobertas se referem a dados da Europa, Ásia, Oriente Médio e América Latina, em locais que entraram mais cedo na pesquisa. As amostras brasileiras, que estão sendo coletadas e analisadas pelo IPP e também por uma equipe da Universidade de São Paulo (USP), coordenada pelo professor Antonio Condino Neto, vão ser incluídas nas próximas análises. Os dois primeiros artigos, publicados pelo grupo internacional na revista científica Science só explicam 10% dos casos fora dos grupos de risco que desenvolvem para um quadro grave de covid-19. Por isso a coordenadora considera que a pesquisa ainda pode contribuir muito no combate ao coronavírus.
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Amanda Yargas