A cada seis minutos uma mulher sofre agressão no Paraná. Redes de apoio podem ajudar a amenizar os perigos de uma sociedade marcada pelo machismo estrutural.
Evelaine Aparecida Ricardo, de 29 anos, participou do amigo secreto da família dela, em Campo Largo, durante as festividades de natal, junto com o namorado. Em certo momento, ele pegou o celular dela e deixou a casa. Ela foi atrás dele para recuperar o aparelho e, na frente da casa, ele atirou na cabeça dela e fugiu.
Em 2020, o Ministério Público do Paraná denunciou 154 casos de feminicídio no estado. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram 41mil 360 agressões sofridas por mulheres no Paraná apenas no primeiro semestre, ou seja, uma a cada seis minutos. O dado inclui ameaças, lesões corporais e estupros.
Segundo a promotora Ana Carolina Franceschi, coordenadora do Núcleo de Promoção da Igualdade de Gênero do MP, muitos comportamentos discriminatórios contra mulheres acabam passando despercebidos, inclusive dentro de relações de trabalho e instituições públicas, por exemplo. É o chamado machismo estrutural.
SONORA
Na questão pessoal, a promotora salienta a importância de uma rede de apoio, em que amigos e familiares prestem atenção e identifiquem comportamentos que possam indicar que a mulher está em um relacionamento abusivo.
SONORA
É importante que, ao perceber que alguém está sofrendo violência física, mental, afetiva e até mesmo financeira, o caso seja denunciado às autoridades, conforme indica a promotora.
SONORA
Amanda Yargas