Pesquisa realizada no Acre com apoio de pesquisadores no Paraná aponta que pode existir uma relação entre dengue e covid-19. Estudo pode auxiliar melhor entendimento da doença e possível desenvolvimento de medicamentos ou vacinas.
Pessoas que já tiveram dengue e são contaminadas pelo coronavírus podem correr menos riscos de morrer por complicações de covid-19. É o que aponta a pesquisa “Infecção prévia por dengue e mortalidade por covid-19”, realizada na Universidade Federal do Rio Branco, no Acre, e que contou com a colaboração com profissionais da Universidade Federal do Paraná. O estudo foi publicado pela Sociedade Americana de Doenças Infecciosas e também em revista científica. Participaram ainda pesquisadores da Universidade de Campinas e da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.
O estudo analisou 2.351 pacientes de covid-19 e os acompanhou por 60 dias após o início dos sintomas. Metade do grupo havia tido dengue. Entre aqueles sem história prévia de dengue, 26 faleceram da covid-19, enquanto que entre aqueles que já tiveram dengue o número foi menor: 12 faleceram.
Segundo o médico cardiologista e pesquisador Miguel Morita, que participou do estudo pela UFPR, estudos científicos como esse são muito importantes tanto no avanço da produção de vacinas e medicamentos quanto para entender como o novo coronavírus funciona.
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O médico explica que, apesar de ter sido realizada com pacientes no Acre, a pesquisa tem grande relevância para o Paraná, por ser um estado que apresenta altos índices de infecção por dengue.
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Miguel Morita lembra que é importante que a população continue combatendo o mosquito transmissor da dengue e também a infecção por coronavírus para poder evitar as duas doenças.
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Repórter Juliana Sartori