A crise da Covid-19 e as consequentes medidas restritivas contribuíram muito no aumento exponencial da presença digital de brasileiros com mais de 55 anos, em todos os aspectos.
A conclusão é de um levantamento especial realizado durante a pandemia, pelo Target Group Index Flash Pandemic, e compõe uma série de estudos temáticos produzidos mensalmente pela Kantar Ibope Media.
Os números apresentados revelam um mundo de oportunidades e lacunas a serem exploradas, tanto comercialmente como no planejamento de mídia, análise de cenários, perspectivas e tendências relevantes sobre audiência, publicidade e novos hábitos e comportamentos de consumo.
Neste universo de cidadãos brasileiros, chamados de ‘Masters’ pelo estudo, 62% dos entrevistados afirmaram que a pandemia e o período de isolamento os forçou ou incentivou a dedicar mais tempo na internet. Seja para interagir por meio das redes sociais e aplicativos de mensagens, ou para atualização e aprendizado de novas habilidades.
Para se ter ideia, 64% deles acessaram a internet nos últimos 30 dias, o que representa crescimento de 101% em comparação com os últimos cinco anos. 91% dos Masters possuem cadastro em alguma plataforma de rede social, e 79% deles acessou a rede de preferência no último mês.
O Facebook é a mais popular entre as mídias sociais, acessada por 98% dos entrevistados, seguido pelo WhatsApp (95%), Messenger (93%) e Instagram (78%). A surpresa é o aplicativo chinês Tik Tok, popular entre os jovens, mas bastante utilizado pelo público mais velho, contemplado no levantamento. Apesar da sétima posição no ranking dos mais usados, registrou uma média de 509 minutos dedicados por mês, 9% acima da média individual de tempo gasto por mês na internet, de maneira geral pela população.
Comportamento e hábito de consumo
Ao passo em que 38% do total de contemplados na pesquisa entende que a tecnologia e a internet melhoraram a qualidade do contato humano em tempos de isolamento, o mesmo número de entrevistados admite que se confundem e enfrentam dificuldades para operar os dispositivos e assimilar o funcionamento das redes e aplicativos. Três anos atrás, este número era 14% maior – um claro indicativo de demanda para marcas que ofereçam atualização, formação, conveniência e facilidades para este público.
Assim como os jovens, a grande maioria dos masters tem nos smartphones o principal meio de acesso. E a constatação de que 90% deles aumentaram o consumo de vídeos gratuitos, streamings de música e vídeos pagos faz cair por terra a resistência à conectividade por parte dos veteranos.
Além disso, 85% deles alegam que passaram a utilizar a internet como ferramenta de pesquisa sobre produtos e serviços que pretendem adquirir. E 75% deles passaram a comprar online com frequência.
Entre os produtos mais buscados e adquiridos estão limpeza doméstica (80%), mercado/alimentos (75%), remédios (74%), telefonia móvel (59%) e serviços de internet (58%).