O decreto com medidas restritivas de combate à pandemia é mais uma tentativa de frear o avanço do coronavírus no Paraná. Entenda a atual situação epidemiológica, que motivou a decisão do governo estadual, na reportagem de Amanda Yargas.
Nessa sexta-feira, o governo do Estado anunciou medidas mais restritivas contra a covid-19. A decisão foi baseada na situação epidemiológica da doença no Paraná que, segundo a Secretaria da Saúde, teve um acentuado agravamento nas duas últimas semanas. O estado tinha 92,8% de ocupação de leitos de UTI e 74% de enfermaria, o dois índices acima do que era estimado nas previsões mais pessimistas. A avaliação do diretor de Gestão em Saúde da secretaria, Vinícius Filipak, é que o aumento teve influência das novas variantes do coronavírus que estão em circulação e que é preciso evitar que mais pessoas fiquem doentes.
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Desde o início da pandemia, cerca de um quarto dos pacientes de covid-19 que precisaram de internação não sobreviveu. E os gráficos indicam um aumento da gravidade e da mortalidade da doença.
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Além disso, os pacientes estão esperando mais tempo por uma vaga para internação. Antes cerca de 92% aguardava menos de 24 horas entre a identificação em uma unidade de atendimento de menor porte e a locação dele em um leito definitivo. Essa taxa já caiu para 88% nas últimas semanas. Estes pacientes correm risco de agravamento da situação clínica, resultando em maior tempo de recuperação e internação. Na quinta-feira, eram 441 pacientes na fila esperando um leito. Na sexta, esse número já tinha subido 31%, para 578. O Secretário de Saúde, Beto Preto, anunciou a abertura de mais 252 leitos de UTI e enfermaria nos próximos dias e reforçou a necessidade da população manter as medidas sanitárias.
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Amanda Yargas