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Paraná tem taxa recorde na ocupação de UTIs pediátricas

Por Jornalismo. Publicado em 11/03/2021 às 14:22.

Segundo levantamento da Sesa, não há mais vagas de UTI pediátrica no interior do Estado. Infectologista explica influência da variante do coronavírus no aumento de casos de covid entre crianças e comenta a volta às aulas.

A ocupação dos leitos de UTI pediátrica exclusivos para covid-19 pelo SUS bateu recorde nesta semana no Paraná, o que revela um avanço dos casos também entre crianças e adolescentes. Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde, não há mais vagas pediátricas no interior do Estado. As oito vagas que restavam nesta quarta eram no Hospital de Clínicas e no Hospital Pequeno Príncipe em Curitiba. Com 14 dos 22 leitos ocupados, a taxa das UTIs pediátrica está em 64%.  A situação nas enfermarias pediátricas é mais confortável, com 11 dos 23 leitos disponíveis no Estado ocupados, ou seja, uma taxa de 34,32%.

O Hospital Pequeno Príncipe, hospital referência em pediatria no Estado, já registra o aumento de casos de Covid-19 em crianças e adolescentes desde o início do ano. A média mensal de casos confirmados mais que dobrou no começo de 2021 em relação ao ano passado. Enquanto em 10 meses de pandemia em 2020, 311 pacientes tiveram confirmação para coronavírus,  em janeiro e fevereiro de 2021 foram 145 confirmações. Ou seja, aumento de 133% na média mensal.  E a média  de casos suspeitos de coronavírus atendidos por mês no Hospital Pequeno Príncipe subiu 159%, passando de 162 no ano passado para 420 neste ano.  Em 2020, o hospital pediátrico registrou cinco mortes por covid-19. Neste ano, uma criança veio a óbito.

O médico infectologista Victor Horácio de Souza, do Hospital Pequeno Príncipe, afirma que apesar do aumento de casos de covid na pediatria, a maioria é de casos leves. E fala sobre a influência da nova variante do coronavírus no contágio entre crianças e adolescentes.

SONORA

Para o pediatra, mesmo nesta fase grave da pandemia em todo o Paraná, a volta às aulas presenciais em ambiente escolar controlado podem acontecer, desde que os cuidados não fiquem apenas na escola, mas também nas famílias.

SONORA

Repórter Juliana Sartori