Medidas restritivas precisam vir acompanhadas de suporte financeiro e o valor do novo auxílio emergencial não é suficiente para atender as necessidades nem de trabalhadores nem do mercado financeiro. Um professor de direito avalia as responsabilidades dos gestores públicos no gerenciamento de políticas de atendimento à população durante a pandemia.
Nos últimos 7 dias a média móvel de mortes no país devido ao coronavírus é de 2.747. Em comparação à média de 14 dias atrás, houve um aumento de 20%, indicando um crescimento muito acelerado na gravidade da doença. A vacina já repercute positivamente no exterior, com diminuição de casos e até retorno a atividades de forma relativamente normal, dependendo da cobertura imunológica da população.
Mas, com a pouca quantidade de doses disponível no Brasil, a única medida que se mostrou eficaz para reduzir infectados e vítimas fatais do novo coronavírus ainda é o isolamento social. Restrições às atividades econômicas e à circulação de pessoas atuaram para evitar situações mais graves, mas com a Saúde colapsando, as novas variantes e o descaso de parcela significativa da população, aliado a declaração de muitas atividades como essenciais, deixando de ser a exceção para se tornar a regra, as medidas de proteção e distanciamento não estão mais dando conta de evitar um cenário apocalíptico.
Em um futuro breve é possível que mais cidades reconheçam a necessidade de promover um lockdown, ou seja, um fechamento total, para conter o avanço do vírus. Mas o advogado e professor de Direito Nasser Ahmad Allan reforça que esta medida precisa vir acompanhada de um suporte econômico.
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Ele reforça que enquanto a pandemia não for controlada, não há como resolver a retração econômica.
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Por isso, o professor Nasser considera que o valor do auxílio emergencial anunciado pelo presidente Bolsonaro não vai ajudar nem o campo econômico nem o campo social.
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Amanda Yargas