O projeto que previa o reajuste de 1% para os servidores do Poder Executivo seria analisado ontem, em reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas a CCJ foi cancelada. Isso porque, a governadora Cida Borghetti (PP) enviou para a Assembleia Legislativa uma nova proposta. Ela não muda o índice de 1%, apenas acrescenta algumas categorias de servidores contemplados com o possível reajuste, como os aprovados em Processo Seletivo Simplificado (PSS) e policiais militares. Com isso, a proposta de 1% nem entrou na pauta da sessão plenária, porque precisa passar pelas comissões competentes. Em contrapartida, o presidente da Casa de Leis, deputado Ademar Traiano (PSDB). decidiu manter na pauta em plenário os outros cinco projetos que determinam reajuste de 2,76% aos servidores da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria Pública. Trinta e um deputados que não concordam com o reajuste de 1%, iriam apresentar uma emenda à proposta na CCJ, aumentando o índice para 2,76%. Sem a reunião, isso não foi possível. A discussão no plenário foi longe. Com os ânimos acalorados, os deputados debateram em plenário os trâmites para agilizar o processo de votação da proposta. Uma reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) chegou a ser cogitada para próxima segunda-feira (9), assim como da Comissão de Finanças. Só que, enquanto decidiam isso, uma nova mensagem do Governo chegou, suspendendo o regime de urgência para a matéria. Traiano também disse que deputados contrários a decisão apresentaram um requerimento pedindo que o regime de urgência seja mantido. Os demais projetos que prevêem o reajuste de 2,76% para os demais poderes também não foram votados, porque a sessão plenária caiu por falta de quórum. Os deputados da base do governo esvaziaram o plenário justamente para evitar a aprovação do requerimento de pedido de urgência. Para votação, são necessários, pelo menos, 28 deputados. Apenas 19 dos 54 parlamentares estavam presentes.