Gastos com cartões têm alta durante a pandemia de Covid-19. Especialista alerta para ter cuidado para que o cartão não se torne o vilão das finanças.
A pandemia da Covid-19 trouxe com ela a crise financeira. Empresas, trabalhadores, todos se reinventam e buscam meios de driblar os problemas.
Nos três primeiros meses deste ano, mesmo com o cenário de pandemia avançando e o pagamento do auxílio emergencial reduzido, a busca por cartões de crédito de supermercados teve alta, segundo levantamento da DMCard, uma administradora de cartões.
No primeiro semestre de 2020 foram 353.694 novas propostas, total que no mesmo período deste ano chegou à marca de 470.674, um aumento de 33%.
No primeiro trimestre, os portadores dos cartões da DMCard movimentaram R$ 870 milhões em compras pelo país. O montante representa um crescimento de 29% se comparado ao mesmo período de 2020.
O uso de qualquer cartão de crédito requer cuidados, pois é considerado por especialistas, como o vilão das finanças.
De acordo com o economista e presidente do Conselho Regional de Economia, Carlos Magno Bittencourt, quem faz uso do cartão precisa ser organizado, contido e consciente. Se as dívidas não forem controladas, a situação pode virar uma bola de neve.
A orientação do economista é colocar o débito do cartão no automático, para que a pessoa se organize nos gastos, e separe o valor para pagamento integral da fatura.
SONORA 1
Anotar todas as compras e gastos é outra dica.
SONORA 2
O economista destaca ainda que os juros do cartão de crédito são maiores que o de um empréstimo, por exemplo.
SONORA 3
No Paraná, um estudo apontou que 90,5% das famílias estavam endividadas em março deste ano, no estado. O índice é o pior registrado para o mês desde o começo da série histórica, iniciada em 2010.
O indicador aponta um aumento na comparação com o mês anterior, quando o índice era de 89,2% das famílias endividadas.
Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
Repórter Grasiani Jacomini