O alto número de animais encalhados e mortos no litoral paranaense chamou atenção nos últimos meses. Amanda Yargas conversou com uma das pesquisadoras responsáveis pelo resgate e proteção da fauna marinha, que defende que a situação é um alerta para os efeitos das mudanças climáticas.
Neste inverno, 8 baleias jubartes já encalharam no nosso litoral e só na última semana foram 3 botos-cinzas. A bióloga Camila Domit coordena o Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná, que faz o resgate dos animais marinhos no litoral do estado.
Segundo ela, as mudanças climáticas afetaram a disponibilidade de alimento nas regiões antárticas, o que faz com que os animais cheguem dessas regiões já quase sem energia e muito debilitados. As mudanças também aumentaram a quantidade de organismos que causam doenças. A soma destes fatores com outras questões específicas do nosso litoral é o que tem causado, de acordo com a bióloga, esse aumento no número de animais encalhados e mortos.
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Ela conta que a situação não atinge apenas espécies migratórias visitantes, mas se estende também para aquelas que vivem aqui, como é o caso dos botos, por conta da disponibilidade de alimento. Além disso, 70% dos animais encalhados e mortos entre 2019 e 2021 tinham algum tipo de doença.
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No entanto, ela considera que são as alterações climáticas que impulsionam e agravam todos os outros problemas que estão identificados como causas diretas destes episódios. a bióloga Camila Domit lembra que é preciso um esforço conjunto para mudar a lógica de utilização dos recursos marinhos e promover a preservaçlão dos ecossistemas do litoral do Paraná e de todo o planeta
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Amanda Yargas