A mostra traz equipamentos da rádio e um acervo de vinil com mais de 300 mil discos, considerado um dos maiores do Brasil
Por Fernanda Nardo
A Rádio Princesa de Francisco Beltrão completou em janeiro deste ano 65 anos de transmissão. Para comemorar a data, e lembrar também o Dia do Rádio, celebrado em 25 de setembro, na próxima quarta-feira (06) entra em cartaz na cidade a exposição da História do Rádio em Beltrão. A mostra, em parceria com a prefeitura de Francisco Beltrão, irá expor ao público parte do acervo que conta a história do início da trajetória da emissora na cidade até os dias atuais. A exposição será na Rodoviária da cidade.
A emissora, que entrou no ar dia 14 de janeiro de 1956 com o nome de Rádio Colméia, foi a primeira do município. Por ser pioneira, ela foi decisiva em momentos históricos do então recém-criado município, como na Revolta de 1957 e na divulgação da 1ª Fenafe (Feira Nacional do Feijão), em 1967. Como Rádio Colméia, a emissora funcionou até 1965. Em 1966, com a compra da Colméia pelos empresários Agustinho Seleski, Domingos Bertaiolli e Carlos Vidal da Silva foi criada a Sociedades Rádio Princesa LTDA.
“Essa sociedade empreendeu o desmembramento da emissora da Rede Colméia em novembro de 68. Foi aí que tivemos a autorização para a transferência direta da permissão para a Sociedade Rádio Princesa Ltda. Em 72, já adquirimos a sede própria, na Rua Ponta Grossa, 1982, onde funciona até hoje”, destaca o jornalista Agustinho Seleski, diretor da rádio Princesa.
A Rádio Princesa também foi a primeira emissora do Sistema Seleski de Comunicação, hoje formado por mais seis rádios: a Super Jovem (primeira rádio FM de Beltrão), Rádio Panorama FM de Itapejara do Oeste; Rádio Cristal FM de Marmeleiro, Rádio Clube de Realeza; e Rádio Pirâmide FM, ambas na cidade São João.
De acordo com Agustinho Seleski, a Rádio Princesa cumpre um importante papel de responsabilidade social para a comunidade. “Temos uma história muito bonita aqui e nesses 65 anos temos ajudado a construir o desenvolvimento de Francisco Beltrão.
É um orgulho chegarmos aos 65 anos e ainda estarmos em plena atividade, aumentando cada dia mais nossa audiência e melhorando a programação”, ressalta.
A Rádio Princesa, emissora que iniciou com 100 watts de potência na frequência de 1.600 kHz, depois mudou para 1.300 kHZ com 5.000 watts e hoje opera com 10.000 watts na frequência de 930 kHz, está em processo de migração e já está fazendo investimentos para em breve transmitir na faixa de FM, relata Adir Seleski, coordenador da emissora.
Um dos maiores acervos de vinil do Brasil
Quem for à exposição História do Rádio em Beltrão poderá conhecer a trajetória da rádio e também grande parte dos equipamentos e acervo, como mesas de som, microfones, toca-discos, fones, rádios antigos. A rádio também conserva um acervo de vinil completo, uma surpresa para os amantes da boa música.
“A Rádio Princesa tem um dos maiores acervos de vinil do Brasil, são mais de 300 mil músicas catalogadas. Então se a pessoa quiser achar um vinil do Tim Maia ou da Elis Regina, por exemplo, ela procura através do nosso sistema, que indica o local da prateleira onde estão os discos. Esse material fica no acervo da emissora, e boa parte será levado para a exposição”, destaca o coordenador de programação da emissora, Gabriel Scheid Seleski.
Serviço:
A abertura da Exposição da História do Rádio em Beltrão ocorre na quarta-feira (06), às 09h30. A mostra fica em exposição por um mês.
Local: Rodoviária Municipal Dr. Sadi José De Marco – Avenida Ernesto Gagliotto, SN – Bairro Água Branca
Confira o vídeo sobre a História e o Acervo da Rádio Princesa, com depoimentos do diretor da rádio Princesa, Agustinho Seleski, e de funcionários: AQUI