No início de outubro, emissoras de radiodifusão do Paraná sofreram com os fortes ventos que provocaram quedas de energia e inclusive danificaram equipamentos em algumas regiões do Estado. Nestas horas, é possível contar com o apoio técnico da Aerp
Por Marinna Protasiewytch
As condições climáticas neste mês de outubro, especialmente no Sul do país, têm causado prejuízos para as emissoras de rádio. Quedas de torres, equipamentos danificados e a falta de energia por dias seguidos foram alguns dos problemas registrados no Paraná, principalmente nas regiões sudoeste e oeste do estado.
Segundo o diretor técnico da Associação das Emissoras de Rádio do Paraná (Aerp) e do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Paraná (Sert-PR), o engenheiro elétrico Roberto Lang, após os trágicos temporais que causaram grandes estragos, a Aerp ofereceu apoio com “essa situação de informação aos órgãos competentes, também como proceder perante a busca por equipamentos, com apoio técnico e com respeito a situação precária. Mas sempre destinada aos radiodifusores que solicitam e buscam por este auxilio”.
Por ficarem fora do ar, as empresas precisam realizar um comunicado oficial, tanto para a comunidade quanto para os órgãos competentes. Desta forma, Roberto Lang explica que “a Aerp contribuiu através da diretoria técnica com a informação de procedimentos que devem ser tomados junto ao poder concedente e também ao Ministério da Comunicação e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As emissoras devem informar que estariam fora do ar por algum tempo, por mais de 48 horas, como aconteceu, e também encaminhar essa documentação. Elas estavam operando em uma situação precária, mas isso é tolerável em um caso desses. Então encaminhamos as fotos dos acontecimentos para que os órgãos reguladores soubessem do ocorrido”.
Esse apoio pode ser solicitado através da diretoria técnica da Aerp, sempre que necessário. Mas o diretor da entidade salienta que além da ajuda da Associação, o respeito e o cuidado mútuo são essenciais em momentos como este. “Foi muito bom [a união de todos], porque a própria diretoria se colocou à disposição para emprestar equipamentos, torres, antenas. Buscamos condições técnicas para ajudar a instalar algumas coisas. No meu caso, nas minhas rádios, emprestei os transmissores reservas e eu fiquei sem para ajudar os meus colegas das rádios que precisavam entrar no ar, que tiveram queimas de equipamentos”, pontuou.
“Todas as emissoras se colocaram à disposição para ajudar com equipamentos e isso conforta o radiodifusor que está enfrentando o problema. Então essa é a importância que tem na união dos radiodifusores, neste momento que angustia muito aqueles que perderam seus transmissores, ficaram fora do ar e diminuíram seus faturamentos”, ressaltou Roberto Lang.
Rádios fora do ar
Um levantamento feito pelo site tudoradio.com mostrou que cerca de dez rádios paranaenses tiveram quedas nas transmissões. A torre da tradicional Vale Verde FM 96.5 sofreu com as condições climáticas severas e veio ao chão. A tempestade acompanhada de um forte vendaval também derrubou o sistema de transmissão da Verdes Lagos FM 89.3 de São Jorge D’Oeste. Houve queda da torre de transmissão da Massa FM 91.5 de Toledo / Assis Chateaubriand.
“Nós auxiliamos a rádio Vale Verde, dos Jesuítas, Rádio Jornal de Assis Chateaubriand e a Rádio Independência de Salto do Lontra”, contou Lang. Outras emissoras que também tiveram problemas com a transmissão foram Rádio T FM 107.5 de Mamborê (PR), Panorama FM 94.9 de Moreira Sales (PR), Nova FM 106.3 de Nova Cantu (PR), Viola FM 98.1 de Guaraniaçu (PR) e Rádio T FM 88.9 de Ubiratã (PR).