Características perigosas da nova variante do coronavírus identificada nesta semana colocou a OMS em alerta. Mutação foi batizada de Omicron.
por Amanda Yargas
A Organização Mundial da Saúde incluiu nesta sexta-feira uma nova mutação do coronavírus na lista de Variantes de Preocupação, com o nome de Omicron.
A nova variante foi detectada na África do Sul nesta quarta-feira, classificada como B.1.1.529, e chamou atenção de cientistas e da OMS por conta da quantidade e localização das modificações encontradas. A OMS tem 3 categorias para as variantes da covid-19 e as Variantes de Preocupação são as mais perigosas. Entram nessa lista as que apresentam evidências de que podem ser mais graves, mais transmissíveis e mais resistentes às vacinas.
Nesta quinta-feira, o diretor do Centro para Resposta a Epidemias e Inovação da África do Sul, Túlio de Oliveira, disse que a variante surpreendeu os virologistas, porque “deu um grande salto na evolução e tem muito mais mutações do que se esperava”.
Na Omicron são mais de 50 mutações e 30 delas ficam na proteína Spike, parte da coroa que reveste o vírus. O problema é que esta é justamente a parte utilizada na elaboração da maior parte das vacinas, o que traz um risco de que essa nova variante seja mais resistente à imunização.
Além disso, muitas das mutações já tinham sido identificadas anteriormente e estão associadas com um grau maior de contágio e gravidade da doença. A OMS também informou que a Omicron tem um risco maior de reinfecção.
A Organização disse ainda que o real impacto da nova mutação só vai poder ser avaliado dentro de algumas semanas.