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Fechamento financeiro anual é oportunidade para traçar a estratégia para 2022

Por Comunicação. Publicado em 16/12/2021 às 16:51.

Soluções digitais ajudam a ter uma perspectiva ampliada das conquistas e desafios do ano, liberando tempo para a gestão financeira. A ideia é ter o foco no futuro. 

por Amanda Yargas


Fim de ano é hora de passar a régua e fechar a conta. Mas, ao contrário do que exigiam os caderninhos dos antigos armazéns e botecos, os donos de negócios do Século 21 não precisam quebrar a cabeça ou gastar horas para entender as finanças do ano. Ferramentas digitais contribuem para facilitar cálculos e processos, liberando tempo para fazer o mais importante: traçar metas e planejar o futuro.  

João Tosin, empresário na área de softwares de gestão financeira para pequenas e médias empresas, orienta que o fechamento anual é base para avaliar e entender quais os resultados positivos conquistados e quais ações não trouxeram o retorno esperado, e, a partir disso, projetar a estratégia para o próximo ano. 

Segundo ele, a gestão é baseada em três pilares: controle 100% de tudo que entra e tudo que sai, a projeção de curto e médio prazo e a visão clara do objetivo financeiro. “Crescer não é uma estratégia de ataque, como as pessoas imaginam, é uma estratégia de defesa”, pontua Tosin. Para ele, se você está desenvolvendo um bom trabalho, aproveitando uma oportunidade de negócio ou um nicho de mercado, outra empresa com maior capital pode observar isso e tentar fazer mais rápido e melhor. 

Por isso, o CEO ressalta que “uma empresa não morre porque ela tem um concorrente forte, ou porque ela tem menos publicidade que ele. Ela morre porque fica sem caixa, é isso que permite que a empresa possa manobrar, possa mudar sua estratégia e permanecer viva”. Além disso, o caixa proporciona independência, já que o negócio não vai depender de um banco, um financiador ou investidor, acrescenta ele. 

“No Brasil 85% das pequenas e médias empresas nem sabem o que é gestão financeira”, destaca Tosin. Ele lembra que pagar boletos, emitir nota e fazer algum tipo de controle da conta corrente é apenas uma fração muito pequena do que é a gestão financeira, que não pode ser apenas olhar para trás. “A gente não tem como fazer gestão de passado, no máximo gera um aprendizado para o que está por vir. Se você está dirigindo um carro na estrada, você olha mais para o retrovisor ou para o parabrisa? A gestão financeira é como dirigir um carro, a gente tem que ter plena consciência do que aconteceu, mas sempre olhando para frente, porque aí sim a gente tem gestão a fazer, ações para tomar e buscar o caminho que a gente está seguindo”, reflete. 

Ferramentas digitais de gestão 

De acordo com uma pesquisa da Consultoria EY, 70% das pequenas e médias empresas ainda usam apenas o banco para fazer o controle financeiro. João Tosin lembra que antigamente contratar um software de gestão financeira era um investimento alto e que hoje há inclusive opções gratuitas. “Tem diversas alternativas que você gasta menos do que você pagaria para um estagiário e você tem um departamento financeiro profissionalizado”. 

E para quem pensa que se adaptar a novas ferramentas é um desafio difícil, ele reforça que as empresas que já estavam mais preparadas para funcionar por meios digitais tiveram vantagem durante a pandemia e cresceram. “Se algum empresário ainda tem barreiras com tecnologia, é importante que ele lembre que o empreendedor precisa estar estudando, aprendendo o tempo inteiro, é um ciclo constante, não para nunca. É um aprendizado da pandemia, mas que fica para sempre, porque deveria ser a lição de casa de qualquer empreendedor”, enfatiza.

João Tosin indica que aderir a estas ferramentas traz mais segurança e previsibilidade para o negócio: “você consegue entender o que está por vir e toma as ações para suportar isso”. 

Para cada dificuldade que as empresas encontram no dia a dia, há ferramentas disponíveis que auxiliam na organização, planejamento e ações necessárias para fazer crescer o negócio. “Além da gestão financeira, existem ferramentas para auxiliar com crescimento de vendas, tem softwares que impulsionam campanhas de marketing, existem softwares que fazem gestão da carteira de clientes, que fazem gestão de publicidade para manter o relacionamento com sua carteira ativa de clientes funcionando”, comentou Tosin. 

E se a sua dificuldade é encontrar o ‘fio da meada’ porque há vários pontos que poderiam ser melhorados na sua gestão, ele deixa uma dica: “começa por onde precisa, onde está doendo. As ferramentas são chamadas de forma muito frequente no mercado de soluções, entenda qual é o problema da vez, o que ‘ta pegando’ mais. Se você precisa organizar seu financeiro ou vender mais, quais as alternativas? Pesquise! A informação é abundante e gratuita”.