A campanha Janeiro Roxo reforça a necessidade de informação para desmistificar o estigma sobre a doença que afeta anualmente cerca de 30 mil brasileiros.
Por Fernanda Nardo
O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é celebrado sempre no último domingo do mês de janeiro. Neste ano, a data cai no dia 30 e o tema da campanha é “Precisamos falar sobre hanseníase”. A data é símbolo do Janeiro Roxo e visa chamar a atenção das pessoas para a doença, que tem tratamento e cura. No Brasil, cerca de 30 mil novos casos de hanseníase são detectados todos os anos, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para a dermatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo, Kátia Sheylla Malta Purim, o esclarecimento da população é fundamental.
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A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria e o contágio é por meio de contato próximo prolongado. A médica destaca que a maioria da população é resistente à hanseníase, mas há um pequeno percentual de pessoas, cerca de 10%, que são suscetíveis à doença. Ela explica que o período de incubação da doença pode levar até cinco anos.
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Assim que o tratamento com antibióticos é iniciado a doença deixa de ser transmissível, por isso é importante diagnosticá-la logo no início dos sinais.
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A hanseníase está classificada entre as doenças ditas negligenciadas, que atingem as populações com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo a Opas, a hanseníase é encontrada em 127 países, com 80% dos casos na Índia, Brasil e Indonésia.