Foto: Renato Prospero/SMCS O Paraná é um dos estados com risco de alerta intermediário (61%) de ocupação de leitos de UTI adulto SUS, segundo levantamento. Na capital, para atender a demanda, a UPA Boqueirão vira unidade de retaguarda para sintomas respiratórios nesta quinta (26).
Por Fernanda Nardo
O avanço da variante Ômicron fez o Brasil atingir a maior taxa de transmissão do coronavírus desde julho de 2020, segundo levantamento do Imperial College de Londres divulgado na terça-feira (25). O estudo aponta que a cada 100 infectados, 178 novos casos são notificados. Os pesquisadores alertam que a pandemia está em crescimento e fora de controle no país. No Paraná, só nas últimas 24 horas, foram 17.892 casos de Covid-19 e 7 óbitos. O aumento dos casos já pressiona o sistema de saúde pelo Brasil. Dados coletados pela Fiocruz e divulgados nesta quarta apontam que em 12 unidades da Federação houve um aumento nas taxas de ocupação de leitos de UTI SUS para adultos. Das 27 unidades, 6 estados e o Distrito Federal estão na zona de alerta crítico, 12 estão na zona de alerta intermediário, o Paraná é um deles com ocupação em 61%, e 8 estão fora da zona de alerta. Entre as capitais, Curitiba com 71% na ocupação de leitos de UTI, se encontra em situação de alerta intermediário, segundo boletim da Fiocruz. Diante do avanço dos casos na cidade, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boqueirão servirá exclusivamente como retaguarda de leitos clínicos para pacientes com sintomas respiratórios, como destaca a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak.
SONORA
Na cidade de Cascavel a procura por atendimento também aumentou. Por isso, a partir de hoje, todas as 43 Unidades Básicas de Saúde do município vão atender apenas casos de pacientes com sintomas respiratórios. Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, pessoas com sintomas respiratórios enfrentam o terceiro dia consecutivo de filas no centro de triagem do Centro de Atendimento de Sintomas Respiratórios, no Ginásio de Esportes Oscar Pereira. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, Sesa, informou que com o aumento do número de casos neste período, especialmente pela variante Ômicron, está atenta e monitorando o cenário de leitos. Segundo a Sesa, no momento, o quadro é controlado e se for necessário, a ampliação será feita.